As finanças sustentáveis ganharam tração no mercado financeiro nos últimos anos tornando se uma área chave do interesse de investidores modernos e conectados com as tendências globais. O termo “finanças sustentáveis”, segundo Alexandros Clappas, presidente do Comitê de Educação Financeira da CFA Society Cyprus abrange de forma mais ampla o investimento ambiental, social e de governança (ESG), o investimento socialmente responsável e o investimento de impacto, atraindo cada vez mais os investidores que procuram por títulos verdes, por exemplo.

Para se ter uma noção da força deste segmento, segundo a Global Sustainable Investment Alliance, mais de US$ 30 trilhões são investidos globalmente em ativos de investimento sustentáveis. Outro ponto relevante é o estímulo que a forte regulação do mercado europeu, pioneiro na criação da taxonomia UE, fazendo com que os investidores se acostumassem com critérios, pontuações e classificações ESG que os orientam para financiamento de empresas alinhadas com metas mais sustentáveis a médio e longo prazo.

Mas nem tudo são flores neste processo. Há custos significativos para atendimento dos requisitos de relatórios e conformidade que precisam ser aliviados, e os riscos de se acreditar nas falsas alegações das empresas que praticam o greenwashing inflando suas conquistas de sustentabilidade.

Estamos falando de uma realidade que demanda horas de pesquisas e análises, para avaliar o impacto ESG real de uma empresa, tornando o processo custoso e demorado

Mas apesar de todos esses desafios, os Green Bonds ganharam força nos últimos 5 anos, especialmente na Europa que emitiu aproximadamente US$ 2,5 trilhões em financiamento para o Transporte Limpo, Eficiência Energética e Adaptação às Mudanças Climáticas, tornando a Europa no Wall Street do Mercado de Títulos Verdes. Juntos, esses segmentos receberam 80% deste valor.  Hoje os maiores emissores de títulos verdes do mundo são China, Alemanha e França, nessa ordem.

Os títulos verdes crescem porque são competitivos para emissores e financiadores.  Para emissores, os títulos verdes além de levantar o capital por meio de fundos ESG, incorpora benefícios para a marca e a reputação da empresa porque de certa forma ao receber financiamentos que consideram esses fatores, isso é percebido como uma espécie de aval de reconhecimento a empresa.  E para os investidores, estudos mostram que fundos de investimentos ESG fornecem clareza, principalmente pelo escrutínio cada vez maior da regulação.

Segundo a Climate Bonds Initiative, organização britânica de dívidas sustentáveis, os Green Bonds irão ultrapassar os US$ 1 trilhão em emissões neste ano. E os Transition Bonds (instrumentos da dívida sustentável) se fortalecem no mercado global, especialmente nos EUA onde o movimento anti Esg é forte. Na América Latina, a emissão de Green Bonds em 2023 foi de US$ 3 bilhões – metade deles, apenas no Brasil. 

Talvez tenha sido o fato das finanças sustentáveis abrangerem de forma mais ampla os investimentos deste segmento que a faz competitiva, oferecendo mais opções para investidores que usam as lentes da sustentabilidade em suas decisões.

Fontes:

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Benchmarking Inteligência Sustentável – BISA é resultado do aprimoramento do Programa Benchmarking Brasil que ganhou inteligência para otimizar os recursos técnicos gerenciais de avaliação, certificação e comparabilidade das melhores práticas de sustentabilidade. Com o incremento das novas tecnologias somado a um colegiado de especialistas de vários países, BISA ganha robustez na gestão das boas práticas e passa a fornecer um conjunto de serviços e dados para que as organizações possam conduzir seus negócios em alinhamento com as agendas ESG (Environmental, Social, and Governance) e SDG (Sustainable Development Goals). Saiba mais em www.bisacertifica.com.br