O Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M), tradicionalmente usado para reajustar contratos de longo prazo como aluguéis e serviços, apresentou uma alta acentuada em outubro, atingindo 1,52%. Conforme cobertura anual, o índice acumula alta de 5,59% em 12 meses.
Esse valor é mais do que o dobro do registrado em setembro (0,62%) e também ultrapassa as expectativas do mercado. A última vez que o índice apresentou uma alta similar foi em março de 2022, sinalizando um novo ciclo de pressão inflacionária.
Inflação ameaça o poder de compra dos brasileiros
A elevação do IGP-M para 5,59% no acumulado dos últimos 12 meses, comparado a 4,53% no mês anterior, revela um cenário de intensificação nos custos para consumidores e empresas. No mercado atacadista, os preços cresceram 1,94% apenas em outubro, impulsionados por aumentos expressivos em produtos como carne bovina e minério de ferro.
No varejo, a conta de energia elétrica se destaca como um vilão, agravada pela adoção da bandeira tarifária vermelha. A construção civil também não ficou de fora, registrando aumento nos custos de materiais e equipamentos, pressionando ainda mais os preços para novos projetos e reformas.
Como IGP-M e outros fatores afetam seus investimentos?
O crescimento desenfreado do IGP-M gera uma cadeia de aumentos nos preços de diversos setores, podendo desencadear mais ajustes nos contratos de aluguel e outros serviços. Com isso, a pressão para que o Banco Central adote uma postura mais cautelosa cresce, o que pode resultar em uma política de juros elevados e, assim, reduzir o poder de compra dos consumidores.
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Para investidores, essa elevação traz uma preocupação: o impacto nos setores de varejo e serviços. Afinal, o custo adicional pode corroer margens de lucro e impactar diretamente o valor dos ativos.
Como investidores podem atuar
Conforme a cobertura de diversos analistas externos realizada no Clube Acionista, a principal sugestão envolve ter cautela e observar setores resilientes à inflação. Como por exemplo, energia e utilities. Historicamente, envolvem empresas que consegue repassar custos ao consumidor final, protegendo as margens de lucro.
Além disso, observar títulos de renda fixa ou fundos pós fixados podem ser uma forma de proteger seu portfólio contra a alta da inflação. Visto que este cenário levaria para uma alta das taxas básicas de juros (a Selic).
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