A Kora Saúde (KRSA3) volta ao radar dos investidores com mais um desafio: a rede hospitalar, que já lida com uma dívida líquida de R$ 2,1 bilhões, anunciou um plano de reperfilamento de suas dívidas. A empresa enfrenta um cenário delicado desde seu IPO em 2021, com suas ações despencando mais de 90% e se transformando em “penny stocks”, ou seja, ações abaixo de R$ 1.
Além da crise dos planos de saúde pós-pandemia, a alta dos juros no Brasil impactou severamente a Kora, que agora busca renegociar os termos de sua dívida para manter a liquidez e reestruturar sua operação financeira. O Ebitda da companhia, referente aos últimos 12 meses, foi de R$ 510 milhões, mas a pressão da dívida levou a empresa a propor medidas mais drásticas para estabilizar sua estrutura de capital.
Conflito financeiro e a resposta da Kora Saúde (KRSA3)
Com uma dívida crescente e ações desvalorizadas, a Kora Saúde (KRSA3) convocou assembleias gerais para debenturistas, donos de títulos de dívida da empresa, buscando renegociar as condições de pagamento e evitar vencimentos antecipados. Entre as dívidas, destacam-se uma emissão de R$ 400 milhões pela própria Kora e outra de R$ 715 milhões emitida pelo Hospital Anchieta, sua subsidiária.
As reuniões estão marcadas para 31 de outubro e ocorrerão via Zoom, permitindo que os investidores deliberem sobre prazos de pagamento e possíveis alterações nas condições dos títulos. Esse movimento da Kora reflete a tentativa de estender prazos, reduzir parcelas e renegociar taxas de juros, criando uma margem de fôlego para a empresa.
Soluções para investidores
Para quem acompanha a situação de perto, duas sugestões se destacam: primeiro, observar atentamente o desfecho dessas assembleias e os termos do reperfilamento, já que isso pode influenciar o futuro financeiro da companhia. Segundo, diversificar suas apostas em empresas que estão em situação perigosa com outros investimentos que estão em uma situação mais confortável, como por exemplo ações do setor financeiro e serviços básicos.
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