O cenário da renda fixa aqueceu na última semana, oferecendo oportunidades empolgantes para investidores atentos. Os juros futuros registraram um fechamento expressivo, com destaque para a redução da inclinação da curva entre contratos de janeiro de 2026 e 2034. Além disso, as NTN-Bs, atreladas à inflação, se estabilizaram em rendimentos próximos de 6,15% ao ano, indicando um ambiente favorável para quem busca segurança e retorno.

Oportunidades à vista na renda fixa

O grande destaque da semana veio da captação de fundos de renda fixa, que, segundo a Anbima, dominou o cenário de investimentos em agosto. Muito em linha, com a expectativa de alta na taxa de juros na próxima reunião do Copom e a inflação de curto prazo em alta.

Consequentemente, com essa classe de ativos atraindo capital os movimentos da renda variável voltam a ficar pressionados. Neste momento, os investidores se ajustam ao cenário de juros elevados como motor para maiores retornos, o que reforça a atratividade da renda fixa.

Mercado internacional em foco

No exterior, as incertezas sobre a política monetária dos EUA continuam. O mercado ainda debate se o corte de juros em setembro será de 0,25 ou 0,50 pontos percentuais, após dados mistos do mercado de trabalho. Ao mesmo tempo, a OPEP+ prolongou cortes na produção de petróleo, pressionando o preço do Brent, que caiu 9%. Bem como, o minério de ferro que testou na última semana os 90 dólares, patamar que fazia anos que não alcançava.

Dessa forma, como o Brasil é sensível aos movimento dos juros internacionais e comodities podemos encontrar na pauta global os motivos de um Ibovespa no campo negativo na última semana. Por outro lado, no radar econômico o segundo trimestre superou expectativas, impulsionado pela demanda doméstica, o que elevou as projeções de crescimento para 2024 de 2,7% para 3,1% conforme o consenso do mercado.

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Indicadores econômicos devem dominar a semana

Com uma semana cheia de indicadores no Brasil e no exterior, os próximos dias prometem ser decisivos para os rumos da economia global e, consequentemente, para suas escolhas de investimento. Se você deseja mais previsibilidade e informações detalhadas para tomar decisões inteligentes, acesse o Clube Acionista e acompanhe as recomendações.

Nesta semana estarei observando os ativos que passaram por fortes quedas nos últimos dias e comparando com o potencial de recuperação conforme está disponível no Clube Acionista. Facilite suas decisões e invista com confiança observando cada espaço da plataforma.

Minha ideia segue em diversificar na renda fixa para aproveitar os ganhos projetados com a possível alta de juros. Bem como, nos ativos de renda variável para capturar ganhos na inversão de ciclo monetário.

Boletim Focus (09.09.24): alta do IPCA pela sexta semana seguida

Revisões dos dados e projeções do Boletim Focus. Divulgada todas as segundas-feiras pelo Banco Central do Brasil contendo resumo das expectativas de mercado a respeito de alguns indicadores da economia brasileira.

IPCA/24:ALTA de 4,26% para 4,30%
IPCA/25:continua em 3,92% para 3,92%
PIB/24:ALTA de 2,46% para 2,68%
PIB/25:ALTA de 1,85% para 1,90%
CÂMBIO/24:ALTA de R$ 5,33 para R$ 5,35
CÂMBIO/25:continua em R$ 5,30
SELIC/24:ALTA de 10,50% para 11,25%
SELIC/25:ALTA de 10,00% para 10,25%
Fonte: Banco Central – Boletim Focus

Rendimentos dos títulos do Tesouro Direto

Alta volatilidade nos rendimentos dos títulos públicos impacta a rentabilidade anual e o preço unitário – se a taxa sobe, o preço cai e vice-versa – .

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Em comparação com a semana anterior as alterações com maior destaque são:

TítuloTaxa de 02/09 a 09/09Preço de 02/09 a 02/09
Prefixado/31QUEDA de 12,25% para 11,88% hojeALTA de R$ 483,44 para R$ 494,68
IPCA+2029QUEDA de 6,33% para 6,20% hojeALTA de R$3.241,66 para 3.264,17
IPCA+2045ALTA de 6,19% para 6,20% hojeQUEDA de R$ 1.254,22 para 1.253,31

Fonte: Tesouro Direto 09/09/2024

O que é a taxa Selic e por que ela é importante?

Taxa Selic é a principal taxa de juros da economia brasileira, influenciando outras taxas e investimentos. O Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores brasileira, costuma ter relação inversa com o movimento dos juros, ou seja, quando um sobe, o outro tende a cair – e vice-versa.

Basicamente, ocorre porque altas taxas tornam o dinheiro mais caro, prejudicando empresas que dependem de investimentos. Quando a taxa Selic cai, o acesso ao dinheiro (via financiamentos, por exemplo) aumenta, impulsionando investimentos de renda variável e, consequentemente, no valor das ações.

Portanto, acompanhar quais serão os próximos movimentos da Selic se torna importante para o investidor. O Comitê de Política Monetária (Copom) a define a cada 45 dias, considerando indicadores como inflação, dólar, emprego e renda, bem como o impacto na economia do país.

Quer saber quais as recomendações para investir na renda fixa? Veja as análises e sugestões conforme diversos analistas no Clube Acionista, por aqui