As crises de reputação empresarial são difíceis de recuperar porque confiança é um atributo que leva tempo para ser construído. Uma vez trincado ou quebrado vai exigir muito esforço de reconstrução.

O potencial de impacto na reputação de uma organização protagonista de crises relacionadas aos temas ESG se supera a cada novo dia. A interconectividade global, as redes sociais, os canais de notícias, tudo ao vivo 24 horas por dia são parte desse novo momento de amplificação das crises de reputação.

Segundo pesquisa Pentland Analytics 2022 em mais de 340 eventos entre 1982 e 2022, as empresas que se saíram mal após uma crise de reputação perderam um total de US$ 2,8 trilhões em valor para os acionistas durante o ano pós-evento. Embora estamos falando de um período de 4 décadas, o montante perdido é altamente significativo. As crises de reputação corporativa destruíram mais de 50% do valor em mais de 12% dos casos ao longo desse período. Os números são os melhores argumentos para prestar atenção e se proteger dos riscos de reputação.

Nenhum fator de risco deve ser minimizado. Os chamados Grey Swan (cisnes cinzentos), eventos com potencial de impactos significativos mas com baixa probabilidade percebida de acontecer, não deixam de ser risco, muito pelo contrário. Eles podem ser positivos ou negativos, alterar significativamente a forma como o mundo funciona e afetar seriamente o nosso negócio ou o setor ao qual estamos subordinados, o que aumenta o desafio e a complexidade.

Há situações mais dramáticas, quando não apenas a empresa está no centro da crise como também todo o setor está exposto aos riscos ESG. Em situações assim, muito provavelmente o Grey Swan não foi levado a sério e ninguém se preparou da forma adequada. Quando se paga prá ver, o preço pode ser alto demais. 

Para ilustração, o Grey Swan pode ser exemplificado pelas mudanças climáticas e o crescimento populacional. Desafios não desconhecidos, mas quando ignorados ou não dado a devida atenção podem representar grandes perdas para organizações que não se preparam o suficiente para se adequar a essas demandas.

Existem outras tantas possibilidades que sugerem riscos de reputação que incluem falhas e vulnerabilidades nas práticas comerciais e de governança, produtos defeituosos, insegurança aos ataques cibernéticos e aos fenômenos climáticos, irregularidades financeiras e/ou trabalhistas, acidentes, etc.  Todos com grande potencial de impacto na reputação de uma empresa e por consequência no valor para os acionistas.

Segundo AON, empresa especializada em gerenciamento de riscos, a análise de reputação ajuda as empresas a antecipar os riscos de curto prazo relacionados com ESG por se tratar de uma análise em tempo real. Ou seja, é impulsionada pelo sentimento dos funcionários, pelo ativismo do momento e elementos de cenários atuais, e, por isso serve como um complemento importante às métricas de risco ESG de longo prazo.

Seja como for, gerenciar riscos de reputação é estar melhor preparado para navegar em águas turbulentas, além de gerenciar os riscos e as oportunidades ESG em tempo real. Condições que garantem competividade e resiliência ao negócio.

Fontes:

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Benchmarking Inteligência Sustentável – BISA é resultado do aprimoramento do Programa Benchmarking Brasil que ganhou inteligência para otimizar os recursos técnicos gerenciais de avaliação, certificação e comparabilidade das melhores práticas de sustentabilidade. Com o incremento das novas tecnologias somado a um colegiado de especialistas de vários países, BISA ganha robustez na gestão das boas práticas e passa a fornecer um conjunto de serviços e dados para que as organizações possam conduzir seus negócios em alinhamento com as agendas ESG (Environmental, Social, and Governance) e SDG (Sustainable Development Goals). Saiba mais em www.bisacertifica.com.br