Conforme o último corte de juros pelo Copom, em março, a Taxa Selic passou para 10,75% ao ano. Movimento já esperado pelo mercado, investidores e consumidores reconhecendo que as reduções melhoram a condição do crédito, incentivam a produção e o consumo. Além disso, no comunicado ficou claro que ainda há perspectiva de queda, mesmo que de menor magnitude, talvez 0,25% na próxima reunião.
Segundo a professora de economia da ESPM, Patrícia Andrade de Oliveira e Silva, o Brasil continua com uma das maiores taxas mundiais, e é por isso que existe essa pressão mundial pelos cortes. A professora ainda destaca a necessidade de controle fiscal, ressaltada no comunicado do Copom.
“A queda na taxa de juros pode induzir a diminuição de outras taxas e facilitar o crédito. Então, existe uma preocupação do Banco Central com a execução das metas fiscais e com o endividamento futuro”, destaca.
Crédito mais em conta
A redução da taxa Selic ajuda a estimular a economia. Isso porque juros mais baixos barateiam o crédito e incentivam a produção e o consumo. Por outro lado, taxas mais baixas dificultam o controle da inflação. No último Relatório de Inflação, o Banco Central reduziu para 1,7% a projeção de crescimento para a economia em 2024.
O mercado projeta crescimento um pouco melhor. Segundo a última edição do boletim Focus, os analistas econômicos preveem a expansão de 1,8% do PIB em 2023.
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Ao reduzir os juros básicos, o Copom barateia o crédito e incentiva a produção e o consumo, mas enfraquece o controle da inflação. Para cortar a Selic, a autoridade monetária precisa estar segura de que os preços estão sob controle e não correm risco de subir. (Agência Brasil)
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