Conforme a divulgação do resultado trimestral da Petrobras (PETR4), o 4T23 veio abaixo do esperado frustrando as expectativas do mercado. Além disso, o outro catalisador que pressiona as ações da companhia envolve a informação de que não haverá pagamento de dividendos extraordinários. Dessa forma, diversos investidores, gestores e profissionais que buscam por empresas que distribuem lucros aos acionistas passam a reduzir ou até se desfazer de suas posições.
Destaques do 4T23 da Petrobras (PETR4)
Conforme o relatório, a estatal fechou o quarto trimestre de 2023 com lucro líquido de R$ 31 bilhões. Isto é, 28,4% a menos que no mesmo período de 2022 e 10% a menos que as expectativas.
A receita de vendas no período caiu 15,3%, para R$ 134,5 bilhões, bem como o Ebitda que ficou em R$ 66,8 bilhões, queda de 8,5%. Por outro lado, a dívida líquida da empresa subiu no trimestre para US$ 44,69 bilhões (+7,7%) e os investimentos chegaram a US$ 3,55 bilhões (23,7%).
Por fim, o conselho da Petrobras aprovou o pagamento de dividendos e juros sobre capital próprio (JCP). O valor aos acionistas será na ordem de R$ 14,2 bilhões relativos ao resultado do quarto trimestre de 2023, R$ 1,09 por ação.
De olho nos analistas
Em linha com o noticiário e a comunicação da empresa, os analistas do Bradesco BBI cortaram a recomendação de compra para as ações da Petrobras (PETR4). Refletindo as incertezas sobre dividendos, bem como reduzindo o potencial de valorização (o preço alvo para as ações) de R$48 para R$41.
Sob o mesmo ponto de vista, o banco Citi informou que mantém recomendação neutra para a empresa, citando preocupações com dividendos e impacto nos resultados financeiros. Os analistas do Santander, por sua vez, rebaixaram a recomendação da petroleira para neutra.
Portanto, cabe ao investidor considerar que os riscos e a volatilidade persistem nas ações da empresa. Analisar os impactos dos resultados e perspectivas futuras com base na opinião de diversos analistas pelo Clube Acionista se torna essencial.