O bilionário empreendedor sul-africano Elon Musk parece ter adicionado mais um para sua galeria de filhos, que já não são poucos. Desta vez, parece ter voltado na decisão e aceitado finalmente comprar o Twitter, após uma série de eventos que foram uma verdadeira montanha-russa. Aos que não leram nosso relatório sobre o tema, aqui vai um breve resumo:

No dia 4 de abril, Musk adquiriu 2,9 bilhões de dólares em ações do Twitter, se tornando-se assim o maior acionista individual da companhia. Com isso, foi convidado pelo então CEO da rede social, Parag Agrawal, para fazer parte do Conselho de administração da empresa que, por sua vez, prontamente negou o convite. Essa foi apenas a primeira das divergências entre o empresário e os executivos da companhia.

Logo após 10 dias, Musk, pela própria rede social, anunciou que havia feito uma oferta hostil por 100% das ações do Twitter, pelo valor de US$ 44 bilhões, ou US$ 54,20 por ação. A proposta não foi bem recebida pelo Conselho, o que levou Musk a entrar em embate direto com os executivos, questionando sobre o alinhamento deles com os acionistas, visto que os executivos não detinham quase nenhuma ação da companhia.

Isso fez com que, pressionados pelos acionistas, o conselho do Twitter finalmente aceitasse a proposta de Musk, que tornaria a rede social, uma empresa de capital privado, mas apesar de parecer, este não foi o último capítulo desta história. Após três meses de indefinição, Musk desistiu da compra, alegando que houve violação de várias disposições do acordo, e que havia sido informado incorretamente sobre a quantidade de contas falsas na plataforma.

A desistência fez com que o conselho de administração entrasse em uma batalha judicial com o empresário afirmando que seguiu o que estava previsto, buscando obrigar o bilionário a concluir a aquisição, e agora esta batalha judicial pode ter chegado ao fim nesta semana.

Nesta terça-feira, Musk voltou atrás e aceitou comprar o Twitter ao preço original da negociação, que avaliava a companhia em US$ 44 bilhões. O empresário ainda usou a própria plataforma para dizer que a compra acelerará a criação do “X”, o app de tudo. 

Se existe uma pessoa hoje que consegue mover mercados é Elon Musk e a volta atrás da operação fez com que as ações do Twitter subissem 22% apenas no dia de ontem, fechando próximo ao valor da oferta. 

Não dá para afirmar se dessa vez esta história chegará ao seu fim, mas a reviravolta na decisão de Elon pode voltar a trazer a credibilidade que o empresário, segundo alguns, estava perdendo, questionando se ele não utilizava sua influência para abafar ocasiões em que suas empresas não passavam por um bom momento. Cabe a nós acompanhar o desenrolar da história, que ainda promete ter novos capítulos.

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Nícolas Merola, analista CNPI na Inv Publicações.

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