A Petrobras é disparada, a líder do setor de óleo e gás brasileiro, com uma produção diária de 2,7 milhões de barris, dessa forma, detendo 74% da produção nacional no segmento. A petroleira também vem pagando ótimos dividendos por conta da eficiência da gestão atual e dos preços do petróleo que atualmente estão elevados, na casa dos 94 dólares o barril, mas sabemos que a menos de um mês das eleições o controle da companhia pode mudar e que investir nela neste momento irá te expor a esse risco.
Dessa forma, no Relatório Especial de hoje, comento brevemente quais são as alternativas de investimento para a Petrobras. Se você quer conhecê-los, este texto é para você.
Até 1997, o setor petrolífero brasileiro era um monopólio estatal e até aquela data, a Petrobras era a única companhia a investir no setor, porém, isso mudou no primeiro mandato de FHC. No entanto, muitos problemas setoriais aconteceram, como a OGX do empresário Eike Batista que acabou naufragando com a tentativa de explorar petróleo. Diante disso, o setor acabou ficando malvisto durante muitos anos pelos investidores, mas a partir de 2016, começou a nascer um novo modelo de negócios no setor, que foram empresas que começaram a operar campos maduros que a Petrobras não tinha grande interesse, aqueles ativos de menor porte.
PetroRio (PRIO3)
A PetroRio é a segunda maior empresa petrolífera da bolsa brasileira, logo após a Petrobras. Ela possui atualmente 24 bilhões de reais de valor de mercado e é controlada por um controverso empresário, que possui histórico de polêmicas relacionadas a problemas com a governança, algo que enxergamos como negativo.
Por dia, a capacidade de produção de barris de óleo e equivalentes da Prio, até a conclusão do segundo trimestre de 2022, foi de 33 mil barris. Essa produção foi dividida entre os campos de Frade, Polvo e Manati. Além dessas, a empresa está participando de aquisições de campos como Wahoo e Albacora que devem levar sua capacidade dos atuais 33 mil barris de petróleo por dia, para 80 mil barris de petróleo por dia.
PetroReconcavo (RECV3)
A PetroReconcavo é uma pioneira entre as empresas privadas focadas no onshore a operar no Brasil após a quebra do monopólio estatal e promulgação da Lei do Petróleo em 1997. A companhia não possui controlador e seus maiores acionistas são PetroSantander e o fundo de private equity Opportunity.
A companhia possui dois ativos principais, Bahia e Potiguar. Por dia, ela produz 21.800 barris de óleo e equivalentes e a expectativa é de que a produção deva chegar a de cerca de 36.000 boed até 2026. A PetroReconcavo atualmente possui valor de mercado de 7,9 bilhões de reais.
3R Petroleum (RRRP3)
A 3R Petroleum, fundada em 2014, atua com foco em campos maduros de produção em terra (onshore) e águas rasas, segmento esse que soma 78% da sua capacidade. Já os outros 22% são oriundos da produção de águas profundas (offshore). Atualmente, os acionistas de referência da 3R Petroleum são a família Gerdau, que contam com 11% de participação por meio do fundo Gerval.
A empresa adquiriu 9 ativos que, juntos, conseguem produzir até 45 mil barris de petróleo por dia, e devem ser integralmente consolidados no primeiro semestre de 2023. A 3R vale hoje 7,5 bilhões de reais na bolsa brasileira.
Após ter gerência sobre os campos, espera-se atingir uma produção de 94 mil barris por dia e, com a melhoria destes campos, é esperado que essa produção seja atingida em 2025 e depois que a produção comece a entrar em fase de declínio, até meados de 2052.
Claro que o tamanho da Petrobras e sua eficiência é incomparável com as empresas menores, no entanto, podemos perceber que existem alternativas viáveis de investimento dentre essa outra classe que chamamos de junior oil. Se você quiser saber qual delas consideramos a melhor alternativa à Petrobras, clique aqui e conheça o Ações Alpha.