IBOV: -1,67%
(106.291)
DÓLAR: + 0,70%
(R$5,57)
S&P500: – 0,72%
(4.667)
Ontem o Copom subiu o juro em 150bps, conduzindo a Selic para 9,25%, em linha com a expectativa unânime.
Contudo o comunicado foi avaliado como hawkish.
Primeiramente, em linha com o projetado na Ativa Investimentos, as expectativas condicionais de inflação da autoridade monetária subiram de 4,1% e 3,1% (reunião do Copom anterior) para 4,7% e 3,2%, respectivamente para 2022 e 2023. Notadamente a expectativa de 2022 contemplou uma revisão baixista de administrados, de 5,2% para 3,8% (equivalente a -35bps de headline). Logo, para a expectativa subir, a autoridade fez uma revisão de mais de 40bps de livres.
Suscitamos a hipótese para que a revisão de monitorados tenha sido provocada por combustíveis. Como estamos na última reunião do ano, e na data de corte da reunião (03/dez/21) o preço do Petróleo estava próximo das mínimas, ao extrapolar o preço, a autoridade promoveu uma grande revisão baixista da média de preços de 2022, sem grandes efeitos sobre o preço médio de 2021 (que está próximo de sua consolidação), empurrando uma variação negativa para combustíveis no ano que vem.
Como secundário suscitamos a possibilidade do Copom ter revisto a perspectiva de reajuste de energia em função do melhor regime hídrico. Entretanto essa hipótese é mais frágil pelas autoridades do setor ainda não verem um alívio relevante nos reajustes, mesmo com mais chuva.
De todo modo, a alteração de monitorados sugere que a autoridade pode já estar com projeção desatualizada dado o comportamento do preço do Petróleo, que tornou a subir ao longo do inicio dessa semana. A não revisão dos administrados, per se, jogaria a inflação condicional da autoridade para cima de 5,0%.
Para além disso, o Copom foi duro no combate a inflação no parágrafo abaixo:
“O Copom considera que, diante do aumento de suas projeções e do risco de desancoragem das expectativas para prazos mais longos, é apropriado que o ciclo de aperto monetário avance significativamente em território contracionista. O Comitê irá perseverar em sua estratégia até que se consolide não apenas o processo de desinflação como também a ancoragem das expectativas em torno de suas metas…”
Garantiu mais uma elevação de 150bps para a próxima reunião e disse que o ciclo de aperto deverá seguir até que se consolide a desinflação e a ancoragem. Seguimos avaliando que a Selic será elevada em 150bps novamente nas duas reuniões iniciais de 2022, interrompendo o ciclo de em 12,25%.
Para o Tesouro, deveremos assistir um bom volume de LFTs novamente no leilão de hoje. Mediante a inalteração de nosso cenário de Selic, mantivemos também a perspectiva sobre os volumes do leilão, com R$1,8bi na 23 e 8,6bi na 27. Contudo, frente a maior clareza com relação a PEC dos precatórios, após o anúncio de fatiamento, deveremos assistir um crescimento de LNTs. Em perspectiva, avaliamos que as mesmas deverão dobrar de tamanho, com destaque para a 23 que projetamos financeiro de R$4,5bi.
Ontem, em o congresso promulgou a parte comum as casa da PEC dos precatórios, seguindo o anunciado pelos presidentes. Apesar da reclamação de alguns Senadores, a parte objeto de reclamação precisa tramitar na parte que volta à Câmara. Esta previsto que a apreciação da parte final do texto ocorra na próxima terça-feira.
VBBR3
A Vibra Energia informou que realizará, em 20 de dezembro de 2021, o pagamento da segunda parcela do JCP relativos ao exercício de 2021. O valor é de R$ 143 milhões (~R$0,12/ação). Além disso, a companhia pagará R$ 5 milhões (~R$0,004/ação) como saldo relativo ao valor da primeira parcela dos JCP.
ITSA3
A Itaúsa comunicou em assembleia geral de acionistas realizada hoje aprovou a incorporação de parcela cindida do patrimônio líquido da Itaú Unibanco Participações (Iupar) correspondente a 39.386.461 ações Classe A de emissão da XP Inc. O comunicado menciona que a operação não irá acarretar a alteração no capital social da companhia, uma vez que o valor dessa parcela cindida pela IUPAR já consta do patrimônio líquido da Itaúsa.
(Confira na íntegra esse e outros relatórios da XP Investimentos)
"Mantemos a recomendação de compra e visão otimista para Alpargatas."
- Ágora Investimentos
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