O brasileiro Nicola Calicchio foi escalado para ocupar o posto de chefe de estratégias no braço internacional do conglomerado. Com quase 30 anos de consultoria McKinsey, Calicchio pretende usar essa experiência para ajudar a escolher empresas da região que possam se beneficiar dos aportes e da experiência do Softbank. “Tem muita gente com foco na Ásia, e o Softbank – que é uma empresa asiática -, está focando na América Latina porque vê na região enorme oportunidade, diz Calicchio ao Estadão/Broadcast.
Calicchio se reportará a Marcelo Claure, CEO do braço internacional do grupo. No posto, ele também deve avaliar, dentre as quase 200 empresas investidas pelo grupo no mundo e ainda não presentes no Brasil, quais podem vir para o País.
Com cerca de US$ 100 bilhões em investimentos, o conglomerado japonês mostrou sua capacidade de acertar nos investimentos ao anunciar, em março, lucro anual de US$ 46 bilhões, o maior resultado já registrado por uma empresa japonesa. Já teve, porém, grandes perdas, com empresas como a WeWork e a Greensill.
O portfólio de investimentos do Softbank na América Latina tem mais de 30 empresas e inclui nomes como o Banco Inter, MadeiraMadeira, Gympass, Quinto Andar e Creditas. A atuação na região se dá hoje principalmente por meio de um fundo de US$ 5 bilhões.
Além de Calicchio, se juntaram recentemente ao time outros dois executivos de destaque no País: Claudia Woods, ex-Uber, escalada para chefiar a operação da WeWork no Brasil, que passará a ficar sob o guarda-chuva do Softbank localmente, e Alex Szapiro, ex-presidente da Amazon no País.
Investimentos
O apetite por oportunidades na região também vem crescendo. Em abril, o grupo pagou US$ 150 milhões por uma participação de 8,4% na Afya, empresa de educação brasileira com ações na Nasdaq. Em março, levantou US$ 230 milhões nos EUA, por meio de um Spac, conhecida como “empresa de cheque em branco”, para encontrar um negócio promissor na América Latina.
A transformação digital se acelerou na pandemia e abriu oportunidades – o Brasil é visto como atrativo. “O País é um terreno muito fértil para o avanço da transformação digital, com competitividade muito inferior aos mercados mais desenvolvidos como EUA”, diz Gustavo Gierun, cofundador da empresa de inovação Distrito.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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