A BR Distribuidora publicou seu release de resultados referente ao 4T20, no qual demonstrou contínua recuperação do seu volume de vendas. Segundo a própria companhia, durante o ano de 2020 a BR apresentou curva de crescimento em V. Observaram, ao longo do período, uma dinâmica de preços de commodities exibindo volatilidade relativamente reduzida, a exemplo do que já ocorrera no 3T20. Dessa forma, tiveram pouco impacto nos resultados pelos efeitos de variações de valor de estoque e hedge de commodities. Destacamos:

• Aumento de 8,7% no volume total de vendas na comparação com o 3T20, principalmente em função do aumento das vendas no ciclo otto (15,0%) e no óleo combustível (101,3%);

• A receita líquida apresentou aumento (0,6%) em comparação com o 4T19 em função; principalmente, do maior volume vendido, compensado parcialmente pela redução do preço médio de comercialização. Na comparação QoQ houve um aumento (14,9%) pelo aumento do volume vendido acentuada pelo preço médio de comercialização dos produtos e serviços;

• As despesas operacionais totalizaram R$ 648 milhões no 4T20, apresentando um aumento de 15,9% na comparação com o 3T20. Tiveram despesas não recorrentes concentradas no 4T20 relacionadas a aluguéis de equipamentos de períodos anteriores, provisionamentos de remuneração variáveis e benefícios a empregados, termo de ajuste de conduta com o estado do Maranhão, desmobilização do terminal e maiores gastos com consultorias totalizando R$ 119 milhões, ou cerca de R$ 12/m³. Além do efeito de maiores volumes comercializados em comparação ao período anterior;

• O EBITDA do período foi R$ 1,616 bilhões ou R$ 157/m³ em comparação com um EBITDA de R$ 947 milhões ou R$ 95/m³ no 4T19 e de R$ 834 milhões ou R$ 88/m³ no 3T20;

• A Rede de Postos apresentou um aumento de 6,1% no volume de vendas em comparação ao 4T19; representado por um aumento nas vendas de produtos do Ciclo Otto 7,1% e do Diesel de 6,0%;

• O lucro líquido ultrapassou R$ 3,148 bilhões, em razão do reconhecimento do aproveitamento do crédito do PIS/COFINS (+R$ 647 milhões) como principal e mais (+R$ 239 milhões) de atualização monetária sobre o principal, e Receita atuarial pela mudança no plano de saúde da Companhia (+R$ 2,132 bilhões) ambos os valores antes da dedução do IR;

• O endividamento bruto ajustado da Companhia alcançou o montante de R$ 8,049 bilhões em 2020. Na comparação com 2019, a dívida bruta aumentou 26,2% em razão, principalmente, pelas maiores captações de caráter precaucional por causa da Pandemia da COVID-19, cabe destacar que essas dívidas contratadas têm prazos vincendos a partir de março de 2021.

Impacto: Positivo. O ano de 2020 foi um grande marco para a companhia, por ter sido o primeiro completo desde a sua privatização. Mesmo diante de um cenário adverso, a empresa mostrou uma rápida recuperação nos seus volumes; apresentando ganho de participação de mercado, mantendo seu posicionamento de liderança no mercado de combustíveis. Outro ponto importante é a melhora na gestão das despesas, melhorando a eficiência da companhia. O pagamento de dividendos no período, demonstra também uma forte geração de caixa, mesmo em meio a pandemia. Para os próximos anos, a BR deseja caminhar para e tornar ainda mais relevante nos setores de mobilidade, energia e conveniência. Seus resultados vieram bons, superiores aos dos pares, e tendem a melhorar, à medida em que a economia inicia seu processo de reabertura com a vacinação, de modo a aumentar a circulação de pessoas e veículos nas ruas, além do setor de aviação, ainda fortemente impactado.

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