Analistas consultados pela FactSet esperavam 493.000 entregas de veículos pela companhia no último ano. A resiliência dos números da Tesla ao longo dos últimos meses mesmo com o impacto da pandemia sobre o mercado automotivo foi um dos fatores que levou suas ações a saltarem mais de 740% no ano.
“Muito orgulhoso do time da Tesla por atingir essa incrível marca! No começo da Tesla, eu achei que tínhamos (de forma otimista) uma chance de sobrevivência de 10%”, disse Musk, que também é o CEO da empresa, em sua conta oficial no Twitter.
No último trimestre do ano passado, a empresa entregou 180.570 automóveis e produziu 179.757. A montadora destaca que iniciou a produção de seu Modelo Y, o mais vendido, na fábrica de Xangai, na China, e que espera entregar em breve as primeiras unidades.
As entregas de 2020 foram impulsionadas pela demanda na China, em que a Tesla passou a fabricar carros no final de 2019. A presença em solo chinês ajudou a empresa a compensar a desaceleração nos EUA, onde sua única fábrica, na Califórnia, ficou fechada por alguns meses a partir de março por determinação das autoridades locais, em uma medida de contenção da pandemia do coronavírus.
A Tesla se tornou em 2020 a montadora mais valiosa do mundo, embora esteja longe, em termos de vendas, das líderes de mercado. A alemã Volkswagen, líder do setor em escala global, vendeu 11 milhões de automóveis no último ano.
A empresa de Elon Musk espera produzir 20 milhões de carros ao ano até 2030. Para aumentar a produção, pretende abrir uma nova fábrica próximo a Berlim, na Alemanha, que seria sua primeira unidade na Europa, e uma planta perto de Austin, no Estado americano do Texas.
Historicamente, a Tesla sofre com atrasos na produção de novos veículos e na expansão do portfólio de produtos. Para este ano, os desafios devem incluir a introdução de novas linhas de produção para um caminhão elétrico e para um caminhão semirreboque.