Ranking de Ações: Quem aparece na lanterna é a CCRO3 com baixa de -1,71% na semana.
Qual ação estará no topo do Ranking?
A sua será a líder ou ficará na lanterna?
🌎 CENÁRIO EXTERNO
Apreensão
Mercados
Na Ásia, mercados encerraram a sessão com desempenhos mistos, sem grandes oscilações. Índices europeus amanheceram com viés predominantemente baixista: o Stoxx 600, índice que abrange uma gama de ativos de risco da região, recua 0,3% até o momento. Em NY, índices futuros operam na mesma direção, registrando quedas da ordem de 0,4%; enquanto o dólar (DXY) tem manhã de recuperação contra os seus principais pares. Na fronte das commodities, ativos se movimentam majoritariamente em terreno negativo. O preço do petróleo (Brent crude) cai 0,3%, negociado próximo dos US$ 48,60/barril.
Apreensão
Em manhã de poucas novidades no cenário, ativos de risco iniciaram mais uma sessão com leve viés baixista. A avaliação da piora do quadro sanitário nos EUA segue sendo acompanhada de perto, com mais restrições no horizonte enquanto, na zona do euro, a indefinição com o Brexit segue sendo um importante ponto de pressão. No pano de fundo, o fato de que o líder da maioria republicana no Senado americano, Mitch McConnell, se recusa a apoiar o pacote bipartidário de US$ 908 bilhões também vira, aos poucos, uma fonte de receio em relação a algum avanço em torno do tema.
Agora ou nunca? (2)
Depois de se comunicar por telefone, o premiê britânico, Boris Johnson, e a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, comunicaram que um encontro presencial deverá acontecer na semana, com um acordo comercial ainda longe de ser realidade. Johnson revelou que estaria “esperançoso” com algum entendimento, mas avisou que na falta de progresso chegará o momento em que ele abandonará a mesa de negociações. As conversas prometem se arrastar ao longo da semana; com negociadores de ambos os lados se preparando para um encontro cara a cara nos próximos dias. Vamos acompanhar…
Economia europeia
A mais nova estimativa do PIB europeu no 3º trimestre de 2020 trouxe uma ligeira revisão baixista, de 12,6% para 12,5%, sem trazer grandes mudanças na composição. De modo geral, o dado reforça uma forte retomada no período, mas que não deixa de ser uma foto do passado, principalmente levando em consideração os obstáculos encontrados no 4º tri, com a volta de medidas de isolamento ao redor de grande parte do continente. Divulgado na mesma hora, o índice ZEW de expectativas na economia – um dos principais indicadores de confiança no bloco – pintou um quadro mais favorável para o futuro. O indicador avançou 21,6 pontos em dezembro para 54,4, ilustrando uma melhora de sentimento na zona do euro que reflete principalmente a expectativa com a aprovação de vacinas contra a covid-19 em breve.
Na agenda
No restante do dia, as atenções deverão se voltar aos EUA, onde saem a confiança do pequeno empresário em novembro (8h) e os dados de produtividade do trabalho do 3º trimestre de 2020 (10h30). À noite (22h30), o mercado recebe os dados de inflação ao produtor (PPI) e ao consumidor (CPI) na China.
CENÁRIO BRASIL
Rumores sobre possível drible do teto de gastos trazem investidores de volta a realidade
De volta à realidade
Pouco antes do fechamento do pregão, um novo rumor sobre uma possível flexibilização do teto de gastos assustou o mercado e forçou a devolução dos ganhos registrados durante o dia. O rumor, que sugeria que a PEC emergencial excluiria despesas financiadas com receitas desvinculadas do teto, despejou um balde de água fria sobre o mercado. Após semanas de ralis sustentados pelo fluxo estrangeiro, avanços no desenvolvimento de vacinas e a concretização dos resultados das eleições americanas, a disseminação dos ruídos sobre uma nova tentativa de flexibilizar o teto de gastos reinstalou o clima de insegurança e indefinição que rodeiam o futuro fiscal do Brasil.
PEC dos fundos
A ideia de excluir os gastos com receitas desvinculadas surgiu como parta da PEC dos fundos; uma inciativa que visava redirecionar recursos de fundos infraconstitucionais para o abatimento da dívida. A ideia, originalmente sugerida pelo senador Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE), era aproveitar a PEC dos fundos para liberar recursos de fundos públicos com despesas previstas, com revitalização do Rio São Francisco, das amarras do teto para que os recursos pudessem ser utilizados com mais celeridade. Segundo o senador, que hoje é líder do governo do Senado, a ideia já tinha sido rejeitada pela equipe econômica no início do ano.
“Não há flexibilização”
Segundo o ministro Paulo Guedes, não há flexibilização do teto gastos na PEC emergencial ou na PEC do pacto federativo. Quem o assegurou deste fato foi o senador Marcio Bittar (MDB-AC), relator de ambas as propostas. Além de não haver uma proposta para driblar o teto, Bittar também revelou que a proposta da PEC emergencial também não deve introduzir o gatilho para reduzir a jornada de servidores públicos, a desindexação/desvinculação do Orçamento ou o novo programa social preterido pelo presidente. Ao que tudo indica, caso a proposta não decepcione com uma flexibilização do teto, ela deve decepcionar por estar completamente desidratada.
Doria promete vacinação em janeiro
O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), anunciou ontem, durante uma coletiva realizada no Palácio dos Bandeirantes, que a campanha de vacinação no estado de São Paulo começará no dia 25/01, dia que coincide com o aniversário da capital. Inicialmente, a campanha deve priorizar os profissionais de saúde, indígenas, quilombolas e idosos com mais de 60 anos. O governador também informou que a vacina será disponibilizada a todos que estiverem presentes em São Paulo; sem a necessidade de comprovar residência dentro do estado.
Diretor da Anvisa demonstra ceticismo
O diretor-presidente da Anvisa, Antônio Barra Torres, comentou a declaração do governador de São Paulo lembrando que nenhuma das quatro vacinas em desenvolvimento no Brasil, incluindo a CoronaVac de Doria, concluiu a etapa três de testagem ou apresentou protocolos de registros. Sem a análise deste documento, os imunizantes não receberão a o aval para uso amplo no Brasil. Segundo o diretor-presidente, após o término dos testes e a apresentação do protocolo; a agência sanitária ainda precisará de, ao menos, 60 dias para avaliar os resultados dos testes. Ainda segundo Torres, não é hora de fixar prazos. Por último, Torres desejou “boa sorte” aos políticos que se arriscam com a fixação de datas neste momento.
Na agenda
No dia em que o Banco Central dá início à mais uma reunião do Copom, o mercado avalia o IPCA de novembro, às 9h. O dado deve trazer uma leve desaceleração com relação ao mês de outubro; com nossas projeções apontando para uma alta dos preços da ordem de 0,7%. Caso tal resultado se concretize, a inflação acumulada em 12 meses deve superar o centro da meta do Conselho Monetário Nacional de 4,00% para 2020. Em seguida, às 11h30, o Tesouro realiza mais um leilão tradicional de NTN-Bs depois de bater recorde na semana passada.
E os mercados hoje?
Mercados globais seguem ilustrando certa apreensão, com a crise sanitária nos EUA e o Brexit no radar de investidores. No Brasil, o mercado segue digerindo a versão do parecer da PEC Emergencial que prevê que por um ano receitas desvinculadas poderão bancar despesas fora do teto – uma nova forma de flexibilização da regra. O ministério da economia e o relator, Márcio Bittar, negaram prontamente a cláusula, mas já existem rumores de que tal movimentação (de flexibilizar o teto) pode voltar a pressionar Brasília após as eleições do Legislativo em fevereiro. Desta forma, na falta de mais reforços do governo pela manutenção da agenda fiscalista; esperamos que os ativos de risco locais se movimentem com viés neutro/negativo na sessão desta 3ªfeira.