Após a aprovação do “divórcio” entre a XP Investimentos e o Itaú Unibanco (ITUB4), as duas maiores forças do mercado brasileiro devem se movimentar.

Desse modo, a XP caminha para sua estreia na Bolsa brasileira (B3), com os Brazilian Depositary Receipts (BDR). Em contrapartida, o Itaú Unibanco está em busca de recursos para avançar sobre o seu novo rival.

Previsão de estreia

A princípio, a previsão é que a negociação da XP Investimentos na Bolsa de Valores aconteça em setembro deste ano. 

Em suma, o projeto inicial intencionava a abertura em janeiro, após a permissão da dupla listagem para empresas brasileiras que possuem o IPO no exterior. 

Entretanto, em meio a proposta do Itaú Unibanco, que presume a separação das ações da XP Part, os planos da corretora foram postergados.

Passos da XP Investimentos

Em seguida, o próximo passo é aguardar o CNPJ da nova empresa no Brasil e a convocação da assembleia para a fusão da XP Part com a XP Investimentos. Desse modo, será estruturado um novo acordo aos acionistas.

Nesse sentido, nasce a XP Investimentos no mundo das BDRs. Assim, qualquer investidor tem acesso às ações, como ocorre, por exemplo, uma ação da Tesla ou da Amazon.

Por conseguinte, o capital em circulação da XP avança de 27% para 48%. Posto que, fica a critério de cada acionista que recebeu os ativos da corretora proporcional à sua participação, retirar ou não da carteira.

XP Investimentos deve lançar BDRs na Bolsa brasileira após separação com o banco Itaú (ITUB4)
Logomarca da XP Investimentos (montagem de Andrei Morais)

XP Investimentos x Itaú Unibanco

O Itaú Unibanco adquiriu 49,9% da XP Investimentos, avaliado em R$12 bilhões. Atualmente, o valor de mercado da corretora, pelo câmbio de momento, é de R$ 118 bilhões.

Assim, poderia haver uma pressão sobre as vendas dos papéis. Por menos que, não parece um grande problema para a XP agora. Analistas apontam que há investidores com perfil de “capital profundo” interessados em montar posições na empresa.

Com o divórcio entre as instituições, serão traçados novos planos estratégicos. Com o recuo do Itaú, uma sequência de direitos que eram atribuídos ao banco caem, como o direito de vetar as aquisições e fusões.

De acordo com o Itaú, a separação simboliza uma liberdade para concorrer com sua rival, a XP Investimentos. Assim como, a possibilidade de afrouxar os valores aos acionistas.


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