O relatório Women in Business 2023, divulgado pela empresa de consultoria Grant Thornton, revela dados e insights valiosos sobre a participação das mulheres no mundo dos negócios no Brasil.

De acordo com os dados coletados, a representatividade feminina em cargos de liderança no país apresentou avanços significativos. A participação das mulheres em posições de alto escalão registrou um aumento de 38% no último ano, em comparação com os 33% do período anterior. Essa tendência indica um reconhecimento crescente por parte das empresas brasileiras do valor das profissionais em posições estratégicas, impulsionando a diversidade de gênero no ambiente corporativo.

Apesar dos avanços mencionados, ainda persistem desafios para as executivas no mundo dos negócios. A pesquisa revela que apenas 9% das companhias pesquisadas possuem uma CEO mulher, destacando a existência de barreiras significativas para o acesso delas aos cargos de liderança mais altos. Essa constatação ressalta a importância contínua da implementação de programas e políticas que promovam a ascensão feminina a essas posições estratégicas.

Equilíbrio entre trabalho e vida pessoal

O relatório destaca o desafio enfrentado pelas mulheres brasileiras em equilibrar as demandas do trabalho e da vida pessoal. Cerca de 58% das mulheres entrevistadas citaram as expectativas relacionadas ao trabalho como a principal barreira para avançar em suas carreiras.

Nesse contexto, a promoção de uma cultura empresarial que valorize a flexibilidade e a conciliação entre as responsabilidades familiares e profissionais torna-se essencial para apoiar o progresso das mulheres no ambiente corporativo.

“Empresas que não mantêm práticas de trabalho flexíveis tendem a ser menos atraentes para as mulheres, sobretudo para as profissionais mais experientes. E é sempre bom ressaltar que quanto maior a diversidade melhor o desempenho e o resultado dos negócios. Portanto, a diversidade é fundamental para atrair bons talentos,” diz Élica Martins, sócia Grant Thornton Brasil.

Baixa representatividade em setores-chave

Outro ponto relevante revelado pelo relatório é a baixa representatividade feminina em setores-chave da economia brasileira, como tecnologia, engenharia e finanças. Apenas 17% das mulheres ocupam cargos de liderança nessas áreas. Essa disparidade destaca a necessidade de incentivar e apoiar as mulheres a ingressarem em campos tradicionalmente dominados por homens, buscando a igualdade de oportunidades nesses setores.

“Quanto maior a diversidade, melhores são o desempenho e o resultado dos negócios. A mudança nos modelos de trabalho provocada pela pandemia trouxe progresso para as mulheres. No entanto, ainda é preciso que as empresas desenvolvam programas de capacitação para jornadas flexíveis e tomem medidas adicionais para apoiar executivas em cargos de liderança. Caso contrário, o crescimento da participação feminina nessas posições se dará em passos lentos, pois o caminho é longo para chegar nesta paridade e é preciso agir já”, ressalta a executiva.

Para ler o relatório na íntegra, acesse aqui Women in Business 2023

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