Se tem algo que os acionistas não podem se queixar é da falta de competição na indústria de investimentos. O ano de 2020, em especial, tem mostrado quão longe as corretoras de valores e os bancos estão dispostos a chegar para atrair — e reter — clientes.

É uma batalha agressiva e com players gigantes, dispostos a investir alto e promover campanhas publicitárias ousadas para convencer o investidor brasileiro. E faz todo sentido que seja assim, afinal, a B3 vem batendo recordes de CPFs mês após mês.

Para se ter uma ideia, em dezembro de 2019, o número de investidores na Bolsa era de 1,7 milhão. Hoje, já são quase 3 milhões, um crescimento de cerca de 76% em oito meses.

Com mais concorrência, quem sai ganhando é você, investidor. Além da disputa por oferecer os melhores produtos e serviços, há a batalha por entregar os custos mais baixos aos investidores.

Foi nesse contexto que a corretora e gestora Warren lançou, recentemente, uma atualização da sua plataforma de investimentos, permitindo a negociação de ações, FIIs e ETFs sem taxa de corretagem.

A empresa, que já oferece investimentos em fundos de investimento e tem carteiras administradas de acordo com o perfil de cada investidor, agora oferece o investimento em ações para os clientes que desejam mais autonomia para escolher seus próprios ativos.

Mas será que vale a pena investir com a Warren? Nós testamos a plataforma e trouxemos algumas considerações para você.

O primeiro ponto que precisa ser destacado é que a Warren é muito transparente em relação aos seus custos. Isso já era visível com os fundos de investimento, já que eles não cobram taxa de administração ou taxa de performance nos fundos próprios, e devolvem a própria comissão (a famosa taxa de rebate) quando você investe em fundos de terceiros — como o Alaska, o Forpus ou o Real Investor.

Ao investir em ações, isso fica claro porque a Warren não cobra taxa de corretagem para quem investe em ações, FIIs e ETFs por meio da chamada aba trade, que está disponível para todos os clientes da plataforma. 

Para quem faz muitas operações porque tem uma carteira diversificada ou para quem investe valores relativamente pequenos, essa taxa de corretagem zerada pode fazer diferença, principalmente com aportes constantes e visão de longo prazo.

Já a experiência de comprar e vender essas ações é o que podemos definir como básica — para usar uma linguagem que a própria empresa adota. É uma solução para montar uma carteira e que aceita fazer ordens a mercado. Não é possível operar com stops ou fazer ordens a preços diferentes dos praticados naquele momento, pelo menos por enquanto.

Percebe-se que a empresa tentou facilitar ao máximo a experiência dos usuários, que já estavam habituados ao funcionamento da plataforma e queriam a mesma usabilidade para investir em ações.

Para investidores mais experientes, que demandam ordens com stop loss e desejam operar derivativos como opções e mercado futuro, o plano básico da Warren não é suficiente. Aí, é necessário assinar um plano intermediário ou avançado, que dá acesso ao home broker e todo o acompanhamento do mercado. A empresa já anunciou que vai lançar o seu home broker, com uma solução mais robusta para investidores experientes, nas próximas semanas.

Outro ponto a se destacar, para quem pretende investir em ações na Warren, é o rendimento daqueles valores que ficam na sua conta após fazer todas as operações. Enquanto outras corretoras ficam livres para usar esse dinheiro como bem entenderem, a Warren entrega o valor com rendimento de 100% do CDI, desde que você faça a transferência desse excedente para a Conta Warren, a chamada conta remunerada. Ali, seu dinheiro segue rendendo e você tem liquidez imediata.

E agora, recomendamos a Warren?

A resposta é um sonoro “sim!”. A empresa vem chamando a atenção por suas ideias disruptivas no mercado financeiro brasileiro — neste mês, por exemplo, eles criaram uma família de fundos espelho que elimina as taxas para os seus clientes. Por isso, vemos com bons olhos as iniciativas de corretoras que estejam dispostas a revolucionar o segmento e trazer o melhor custo-benefício aos investidores.

Embora o plano básico da Warren não seja aconselhável para quem deseja fazer operações complexas, emitindo ordens diferentes do valor a mercado, é um sistema que atende com tranquilidade aqueles investidores que têm uma carteira de ações e investem para o longo prazo.

A Warren acerta em disponibilizar essa funcionalidade para seus clientes e deve atrair mais investidores interessados nas corretagens gratuitas nos próximos meses. De quebra, a empresa divulga seus outros produtos e serviços, como as carteiras administradas, a conta remunerada e os fundos próprios.

Para começar a investir com a Warren, basta abrir a sua conta. Logo no início, você passa pelo suitability, aquele questionário rápido que descobre o seu perfil de investidor, exigido pela CVM. Depois, é só transferir o dinheiro para e começar a investir.

E você, já investe com a Warren? Deixe sua opinião sobre a empresa nos comentários!

Publicidade

Investir sem um preço-alvo é acreditar apenas na sorte