Destaques:

Divisão Deca

• Volume de vendas representaram 87,9% do realizando no 2T19, com recorde na venda de chuveiros elétricos, refletindo a bem-sucedida estratégia comercial da Divisão. Apesar dos impactos da crise no início do trimestre, a Divisão já apresentou em junho margem e EBITDA superior ao mês de 2019;

Divisão de Revestimentos Cerâmicos

• O volume representou cerca de 77,0% do resultado proforma do 2T19, embora tenha apresentado leve queda frente ao 1T20;

• A redução da utilização de capacidade das fábricas levou a Margem EBITDA a 11,5% no 2T20;

• Celulose Solúvel: Captação de US$ 1,2 bilhão para a construção da nova unidade da LD Celulose.

Mercado – Continuidade das obras e o decreto liberando o varejo de material de construção impulsionaram o setor da construção civil, que apresentou maior resiliência e acelerada recuperação frente aos demais setores da economia. Este movimento foi sentido no volume de vendas de todas as divisões da Duratex, que encerrou o mês de junho em níveis de vendas próximos ao apresentado no ano anterior.

Setor de Painéis de Madeira – segundo dados do IBÁ (Indústria Brasileira de Árvores), registrou no 2T20, retração de 21,9% na demanda local de painéis de madeira frente ao 2T19, com os volumes apresentando quedas de 26,3% em MDP e 18,5% em MDF, mas com sinais de retomada em junho. No mercado externo, verificou-se queda de 13,6% em comparação com o 2T19, ipactadas em decorrência das medidas de isolamento adotadas na América Latina.

Receita Líquida – No 2T20, a receita liquida somou R$ 1,05 bilhão, queda de 8,6% em relação ao 2T19. Este resultado é decorrente do forte posicionamento comercial da Companhia dentro do cenário de crise, intensificando a negociação com clientes e se fortalecendo em mercados diversificados. Ainda, vale lembrar que parte deste resultado é justificado pela consolidação da Cecrisa na Divisão de Revestimentos Cerâmicos.

Exportações – A receita líquida no mercado externo foi de R$ 162,8 milhões, queda de 25,7% em relação ao segundo trimestre de 2019. Assim, a participação do mercado externo na receita total representou 15,6%.

No 1S20, a receita líquida da Companhia foi de R$ 2,22 bilhões, estável frente ao mesmo período de 2019. As exportações representaram 17,3% deste valor, devido principalmente a desvalorização cambial que trouxe maior competitividade aos produtos da Duratex em mercados de maior concorrência, como Ásia e América do Norte.

Custo dos produtos vendidos – No 2T20, R$ 706,8 milhões, queda de 3,7% em relação ao mesmo período de 2019, enquanto no semestre apresentou aumento de apenas 2,3%. Essa redução, quando comparada a perda de volume no trimestre, se reflete em um aumento no custo caixa unitário da Companhia.

A margem bruta da Companhia encerrou o segundo trimestre em 25,7%, queda de 4,7 p.p sob o 2T19. No semestre, a margem bruta foi de 29,7%, aumento 1,4 p.p. em relação ao mesmo período do ano anterior; alavancada pela variação positiva do ativo biológico e menor depreciação e exaustão advinda da recente reestruturação de ativos realizadas

Despesas operacionais – No 2T20 as despesas com vendas totalizaram R$ 173,3 milhões no período, aumento de 2,4% em relação ao 2T19. Este crescimento é decorrente principalmente da consolidação ocorrida na Divisão de Revestimentos Cerâmicos em agosto de 2019.

As despesas gerais e administrativas encerrarem o segundo trimestre do ano 11,3% acima do apresentado no 2T19, quando desconsiderados os gastos advindos da consolidação da Cecrisa.

Este movimento é explicado pelo maior dispêndio em canais de inovação e tecnologia no trimestre, principalmente na Divisão Deca.

EBITDA – No 2T20, o EBITDA ajustado totalizou R$ 119,0 milhões, 55,8% do realizado no mesmo período de 2019. A margem de 11,4% reflete o impacto do aumento dos custos e despesas não recorrentes, como a suspensão temporária das operações fabris; além da variação cambial, que apesar de favorecerem as exportações, tiveram impacto negativo no período. A Companhia encerrou o 1S20 com EBITDA de R$ 338,4 milhões e margem de 15,3%.

Resultado Financeiro – O saldo foi negativo em R$ 33,6 milhões no 2T20, piora de 9,4% em relação ao mesmo período de 2019. No semestre, o resultado financeiro foi pior em 17,2%, isto devido ao impacto da redução do CDI nos rendimentos de aplicações e aumento da dívida bruta, resultante do foco da Companhia em aumentar sua liquidez financeira em meio à crise econômica advinda do COVID.

Lucro Líquido – Resultado positivo de apenas R$ 2,2 milhões no 2T20. Vale destacar que este valor desconsidera o impacto da consolidação da divisão de celulose solúvel. Contudo, no semestre, a Duratex beneficou-se dos impactos positivos na variação do ativo biológico; devido a apuração de inventário da floresta localizada em Minas Gerais, o que decorreu em um lucro líquido de R$ 71,0 milhões.

Fluxo de Caixa – No semestre, a Companhia consumiu R$ 208,4 milhões de caixa, resultado principalmente do investimento realizado na Joint Venture de Celulose Solúvel.

Endividamento – No final de junho a dívida liquida era de R$ 2,18 bilhões, com um índice de alavancagem de 2,55x (Dívida Líquida / EBITDA Ajustado e Recorrente). O aumento da alavancagem deu-se principalmente pelo investimento na nova fábrica da divisão de celulose solúvel, apesar de parcialmente compensado pela maior geração de caixa no período, somado a piora no cenário econômico, que resultou numa relevante queda do EBITDA.

O custo médio de financiamentos fechou o período a 148,7% do CDI, enquanto o prazo médio de vencimento dos financiamentos foi de 3,3 anos. A queda no prazo médio da dívida deu-se devido as recentes captações, que apesar de custos competivivos possuem prazo de liquidação inferior.

A ação DTEX3 encerrou ontem cotada a R$ 18,28 com queda de 8,6% no ano.

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