O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou que o volume de serviços caiu 4,0% em março frente ao mês anterior, na série com ajuste sazonal. Na série sem ajuste sazonal, frente a igual mês de 2020, o volume de serviços avançou 4,5%, após doze taxas negativas seguidas nesta comparação.

No acumulado do ano, o volume de serviços recuou 0,8% frente a igual período de 2020, quinta queda consecutiva nas comparações trimestrais. A taxa acumulada nos últimos 12 meses, ao passar de -8,6% em fevereiro para -8,0% em março de 2021, interrompeu a trajetória descendente iniciada em janeiro do ano passado (1,0%).

O recuo de 4,0% do volume de serviços, de fevereiro para março de 2021, foi acompanhado por três das cinco atividades investigadas, com destaque para serviços prestados às famílias (-27,0%), com sua queda mais intensa desde abril de 2021 (-45,6%). Os demais resultados negativos vieram de transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio (-1,9%) e de profissionais, administrativos e complementares (-1,4%), com o primeiro setor devolvendo parte do ganho acumulado de 7,4% nos dois primeiros meses de 2021; e o segundo eliminando pequena fração da expansão de 9,6% assinalada entre outubro de 2020 e fevereiro último.

Em contrapartida, os únicos avanços do mês ficaram com os setores de informação e comunicação (1,9%) e de outros serviços (3,7%), com ambos alcançando a segunda taxa positiva seguida em março e obtendo ganhos acumulados de 2,0% e 7,1%, respectivamente.

A média móvel trimestral teve variação positiva de 0,3% no trimestre encerrado em março de 2021 frente ao nível do mês anterior, mantendo a trajetória ascendente iniciada em julho de 2020. Três das cinco atividades mostraram resultados positivos neste mês: transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio (1,8%), serviços profissionais, administrativos e complementares (1,3%) e informação e comunicação (0,4%).

Já os serviços prestados às famílias (-7,5%) assinalaram as perdas mais expressivas para este indicador, enquanto outros serviços (-0,6%) tiveram queda mais moderada.

Frente a março de 2020, o volume de serviços avançou 4,5% em março de 2021, interrompendo doze taxas negativas seguidas. O resultado deste mês trouxe expansão em quatro das cinco atividades e a 45,2% dos 166 tipos de serviços investigados.

Entre os setores, os transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio (8,8%) e os serviços de informação e comunicação (6,2%) exerceram as principais contribuições positivas sobre o volume total de serviços.

Com menores impactos no índice geral, os outros serviços (7,3%) e os profissionais, administrativos e complementares (0,7%) apresentaram incrementos de receita nos segmentos de recuperação de materiais plásticos; corretoras de títulos e valores mobiliários; administração de bolsas e mercados de balcão organizados; administração de fundos por contrato ou comissão; e atividades de apoio à produção florestal, no primeiro setor; e de atividades técnicas relacionadas à arquitetura e à engenharia; serviços de engenharia; atividades jurídicas; teleatendimento; e locação de automóveis; no último.

Em contrapartida, a única influência negativa desse mês ficou com os serviços prestados às famílias (-17,1%), pressionados, sobretudo, pela queda nas receitas das empresas que atuam nos ramos de restaurantes; hotéis; serviços de bufê; e atividades de condicionamento físico.

No acumulado do ano, frente a igual período de 2020, o setor de serviços recuou 0,8%, com queda em duas das cinco atividades e altas em 39,2% dos 166 tipos de serviços investigados.

Entre os setores, os serviços prestados às famílias (-25,4%) exerceram a influência negativa mais relevante, pressionados, especialmente, pela queda nas receitas de restaurantes; hotéis; de catering, bufê e outros serviços de comida preparada; e de atividades de condicionamento físico. A outra pressão negativa veio de serviços profissionais, administrativos e complementares (-3,1%), explicado, principalmente, pela redução na receita das empresas de agências de viagens; administração de programas de fidelidade; soluções de pagamentos eletrônicos; organização, promoção e gestão de feiras, congressos e convenções; limpeza de edifícios; e vigilância e segurança privada.

Em contrapartida, as contribuições positivas no acumulado do ano, frente a igual período do ano anterior, ficaram com os ramos de informação e comunicação (3,5%); de transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio (1,7%) e de outros serviços (1,9%).

Serviços caíram em 14 das 27 unidades da federação em março

Regionalmente, 14 das 27 unidades da federação registraram retração no volume de serviços em março de 2021, na comparação com o mês imediatamente anterior, acompanhando o recuo (-4,0%) observado no Brasil – série ajustada sazonalmente.

Entre os locais com taxas negativas nesse mês, o impacto mais importante veio de São Paulo (-2,6%), seguido por Distrito Federal (-6,1%); Minas Gerais (-1,6%), Santa Catarina (-3,4%) e Rio de Janeiro (-0,8%). Já a maior alta foi em Mato Grosso do Sul (11,8%).

Frente a março de 2020, o avanço do volume de serviços no Brasil (4,5%) foi acompanhado por 19 das 27 unidades da federação. A principal influência positiva ficou com São Paulo (4,4%), seguido por Minas Gerais (10,7%), Mato Grosso (38,1%) e Santa Catarina (13,2%). Por outro lado, o Distrito Federal (-4,9%) assinalou o resultado negativo mais relevante.

Já no acumulado de 2021, frente a igual período do ano anterior, o recuo do volume de serviços no Brasil (-0,8%) se deu de forma equilibrada entre os locais investigados, já que 14 das 27 unidades da federação também mostraram retração na receita real de serviços.

O principal impacto negativo em termos regionais ocorreu no Rio de Janeiro (-3,0%), seguido por Bahia (-9,8%), Paraná (-4,4%); São Paulo (-0,5%), Distrito Federal (-7,5%) e Rio Grande do Sul (-4,9%). Por outro lado, Minas Gerais (6,3%), Santa Catarina (9,4%) e Mato Grosso (10,3%) registraram as contribuições positivas mais relevantes sobre índice nacional.

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