Em dezembro de 2024, o volume de serviços no Brasil apresentou queda de 0,5% frente a novembro, na série com ajuste sazonal. É segundo resultado negativo consecutivo, acumulando uma perda de 1,9% nos dois últimos meses do ano, divulgou nesta manhã de quarta-feira (12) pelo IBGE.
Em comparação com dezembro de 2023, sem ajuste sazonal, o volume de serviços apresentou alta de 2,4%, nono resultado positivo consecutivo. Com o resultado, o acumulado do ano, frente a igual período de 2023, encerrou com expansão de 3,1%, quarto ano seguido de crescimento. Conforme o IBGE, no indicador acumulado nos últimos 12 meses, ao crescer 3,1%, o setor intensificou o ritmo de expansão frente a novembro (2,8%) e assinalou a taxa mais intensa desde novembro de 2023 (3,5%).
Leonardo Costa, economista do ASA, explica que o setor de serviços teve variação de -0,5% em dezembro e a média móvel de 3 meses desacelerou para +0,8% (de 1,1% no trimestre anterior). Pela abertura, destaque negativo para outros serviços, com queda de -4,2% na margem (puxado pelo setor financeiro, efeito de menor receita na administração de cartões); serviços de informação e comunicação e serviços profissionais também registraram queda na margem. Em contraposição, os serviços prestados às famílias tiveram crescimento de +0,8% no mês, com alta de 1,8% na média móvel trimestral – esse segmento é o que contém mais aderência ao PIB de serviços.
“Em dezembro, a pesquisa de serviços teve uma leitura mista. Por um lado, o dado surpreendeu negativamente (efeito da queda em outros serviços), por outro, os serviços prestados às famílias seguem com crescimento forte na margem. Em resumo, a expectativa de desaceleração gradual segue válida, com alguma volatilidade nos dados mensais”, comenta o economista.