Em junho de 2022, o volume de serviços no Brasil cresceu 0,7% frente a maio, na série com ajuste sazonal, acumulando, assim, um ganho de 2,2% nos quatro últimos meses deste ano, divulgou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Com isso, o setor de serviços se encontra 7,5% acima do nível de fevereiro de 2020 (pré-pandemia) e 3,2% abaixo de novembro de 2014 (ponto mais alto da série).
Na série sem ajuste sazonal, no confronto com junho de 2021, o volume de serviços assinalou a 16ª taxa positiva consecutiva ao avançar 6,3% em junho de 2022. No indicador acumulado do primeiro semestre deste ano, o volume de serviços mostrou expansão de 8,8% frente a igual período de 2021. Por outro lado, o indicador acumulado nos últimos 12 meses, ao passar de 11,7% em maio para 10,5% em junho de 2022, manteve a trajetória descendente iniciada em abril de 2022 (12,8%).
O avanço de 0,7% do volume de serviços, de maio para junho de 2022, foi acompanhado por quatro das cinco atividades, com destaque para transportes (0,6%) e profissionais, administrativos e complementares (0,7%), que registraram o segundo resultado positivo consecutivo. As demais altas vieram de outros serviços (0,8%) e de serviços prestados às famílias (0,6%). A única taxa negativa ficou com informação e comunicação (-0,2%), que devolve, assim, pequena parte do ganho de 3,3% acumulado entre março e maio deste ano.
Ainda na série com ajuste sazonal, o índice de média móvel trimestral foi de 0,3% no trimestre encerrado em junho de 2022 frente ao trimestre encerrado em maio, mantendo o comportamento predominantemente positivo desde julho de 2020. Entre os setores, ainda em relação ao movimento deste índice na margem, quatro das cinco atividades acompanharam o crescimento: serviços prestados às famílias (1,9%); informação e comunicação (0,5%); profissionais, administrativos e complementares (0,5%); e outros serviços (0,3%). Por outro lado, transportes (-0,5%) assinalaram o único resultado negativo do mês.
Na comparação com junho de 2021, o volume do setor de serviços subiu 6,3% em junho de 2022, sua 16ª taxa positiva seguida. Houve altas em quatro das cinco atividades e em 62,7% dos 166 tipos de serviços investigados. Entre os setores, o de transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio (9,8%) exerceu a principal contribuição positiva, impulsionado pelo aumento de receita em transporte rodoviário de cargas; rodoviário coletivo de passageiros; navegação de apoio marítimo e portuário; e ferroviário de cargas.
Os demais avanços vieram dos serviços prestados às famílias (28,2%); dos profissionais, administrativos e complementares (8,0%); e de informação e comunicação (0,9%), que apresentaram incrementos de receita em: restaurantes; hotéis; serviços de bufê; e atividades de condicionamento físico, no primeiro ramo; em locação de automóveis; serviços de engenharia; soluções de pagamentos eletrônicos; gestão de ativos intangíveis; organização, promoção e gestão de feiras, congressos e convenções; aluguel de máquinas e equipamentos; e atividades de cobranças e informações cadastrais, no segundo; e em portais, provedores de conteúdo e ferramentas de busca na Internet; tratamentos de dados, provedores de serviços de aplicação e serviços de hospedagem na Internet; outras atividades de telecomunicações; consultoria em tecnologia da informação; e desenvolvimento de programas de computador sob encomenda, no último.
A única taxa negativa do mês ficou com o setor de outros serviços (-4,7%), pressionado, especialmente, pela menor receita oriunda de recuperação de materiais plásticos; administração de bolsas e mercados de balcão organizados; corretoras de títulos e valores mobiliários; e corretores e agentes de seguros, de previdência complementar e de saúde.
No índice acumulado do primeiro semestre de 2022, frente a igual período do ano anterior, o setor de serviços apresentou expansão de 8,8%, com quatro das cinco atividades apontando taxas positivas e crescimento em 66,9% dos 166 tipos de serviços investigados. Entre os setores, a contribuição positiva mais importante ficou com o ramo de transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio (13,9%).
Os demais avanços vieram de serviços prestados às famílias (36,2%); de profissionais, administrativos e complementares (8,3%); e de informação e comunicação (3,0%). Em sentido oposto, o setor de outros serviços (-4,2%) registrou a única taxa negativa do indicador acumulado no ano.