O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou que o volume de serviços subiu 0,5% em agosto frente a julho, na série com ajuste sazonal, acumulando ganho de 6,5% nos últimos cinco meses. Assim, o setor de serviços se encontra 4,6% acima de fevereiro de 2020 (pré-pandemia) e alcança o patamar mais elevado desde novembro de 2015.
Na série sem ajuste sazonal, frente a agosto de 2020, o volume de serviços teve a sexta taxa positiva consecutiva: 16,7% em agosto de 2021.
No acumulado do ano até agosto, o volume de serviços avançou 11,5% frente a igual período de 2020. Já o acumulado nos últimos 12 meses (5,1%) manteve a trajetória ascendente iniciada em fevereiro de 2021 (-8,6%) e alcançou a taxa mais alta da série histórica, iniciada em dezembro de 2012.
O avanço de 0,5% do volume de serviços, observado na passagem de julho para agosto de 2021, foi acompanhado por quatro das cinco atividades investigadas, com destaque para informação e comunicação (1,2%), transportes (1,1%) e serviços prestados às famílias (4,1%). A expansão dos dois primeiros ocorreu após ambos terem registrado ligeiras variações negativas em julho. Já a última atividade acumulou um crescimento de 50,5% no período abril-agosto. Com menor impacto no índice global, os outros serviços (1,5%) eliminaram o pequeno decréscimo do mês anterior (-0,2%).
O único resultado negativo foi o de serviços profissionais, administrativos e complementares (-0,4%), devolvendo parte do ganho de 4,1% alcançado entre maio e julho últimos.
A média móvel trimestral chegou a 1,1% no trimestre encerrado em agosto, frente ao nível do mês anterior, mantendo a trajetória ascendente desde julho de 2020. Todas as cinco atividades mostraram resultados positivos neste mês: serviços prestados às famílias (4,9%), outros serviços (1,2%), informação e comunicação (1,1%), transportes (0,8%) e profissionais, administrativos e complementares (0,6%).
Frente a agosto de 2020, o volume do setor de serviços avançou 16,7% em agosto de 2021, sua sexta taxa positiva seguida. Houve altas em todas as cinco atividades e em 80,7% dos 166 tipos de serviços investigados.
Entre os setores, o de transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio (19,6%) exerceu a principal contribuição positiva, impulsionado, em grande medida, pelo aumento de receita das empresas pertencentes aos ramos de transporte rodoviário de cargas; transporte aéreo de passageiros; gestão de portos e terminais; rodoviário coletivo de passageiros; navegação de apoio marítimo e portuário; e atividades de agenciamento marítimo.
Com o segundo maior impacto, vieram os serviços de informação e comunicação (13,6%), com destaque para portais, provedores de conteúdo e ferramentas de busca na Internet; desenvolvimento e licenciamento de softwares; outras atividades de telecomunicações; atividades de TV aberta; tratamentos de dados, provedores de serviços de aplicação e serviços de hospedagem na Internet; e consultoria em tecnologia da informação.
Em seguida, veio o setor de serviços profissionais, administrativos e complementares (12,7%), com destaque para organização, promoção e gestão de feiras, congressos e convenções; limpeza geral; serviços de engenharia; atividades jurídicas; locação de mão de obra temporária; e soluções de pagamentos eletrônicos.
Os demais avanços ficaram com os serviços prestados às famílias (42,2%) – com ênfase em hotéis; restaurantes; e serviços de bufê – e outros serviços (11,7%) – com aumento de receita em administração de fundos por contrato ou comissão; corretoras de títulos e valores mobiliários; consultoria em investimentos financeiros; e recuperação de materiais plásticos.
No acumulado do ano, frente a igual período de 2020, o volume de serviços cresceu 11,5%, com taxas positivas em todas as cinco atividades e crescimento em mais da metade (69,9%) dos 166 tipos de serviços investigados.
Entre os setores, as contribuições positivas mais importantes foram de transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio (16,2%) – impulsionados, em grande parte, pelo aumento das receitas das empresas que atuam nos segmentos de transporte rodoviário de cargas; gestão de portos e terminais; transporte aéreo de passageiros; navegação de apoio marítimo e portuário; operação de aeroportos; e atividades de agenciamento marítimo, no primeiro setor; – e informação e comunicação (9,4%), com destaque para portais, provedores de conteúdo e outros serviços de informação na Internet; desenvolvimento e licenciamento de softwares; outras atividades de telecomunicações; e atividades de televisão aberta.
Os demais avanços vieram de serviços profissionais, administrativos e complementares (7,5%) – explicados pelo aumento na receita dos serviços de engenharia; atividades jurídicas; atividades técnicas relacionadas à arquitetura e à engenharia; locação de automóveis; locação de mão de obra temporária; e atividades de cobranças e informações cadastrais – além do setor de serviços prestados às famílias (14,4%) – com ênfase em hotéis; restaurantes; serviços de bufê e atividades funerárias e, por fim, no setor de outros serviços (10,0%), com destaque para administração de fundos por contrato ou comissão; corretoras de títulos e valores mobiliários; recuperação de materiais plásticos; administração de bolsas e mercados de balcão organizados; atividades de apoio à produção florestal; e consultoria em investimentos financeiros.
Serviços cresceram em 16 das 27 unidades da federação em agosto
Houve altas no volume de serviços em 16 das 27 unidades da federação em agosto, na série com ajuste sazonal. O impacto positivo mais importante veio de São Paulo (0,5%), seguido por Rio Grande do Sul (4,2%), Paraná (1,0%) e Bahia (1,7%). Por outro lado, as principais retrações foram no Mato Grosso (-3,6%), Distrito Federal (-2,0%) e Rio de Janeiro (-0,4%).
Frente a agosto de 2020, o avanço do volume de serviços no Brasil (16,7%) foi acompanhado por todas as 27 unidades da federação. A principal contribuição positiva ficou com São Paulo (17,7%), seguido por Minas Gerais (19,7%), Rio Grande do Sul (26,8%), Rio de Janeiro (8,2%), Paraná (16,1%) e Bahia (26,8%).
Já no acumulado de 2021, frente a igual período de 2020, o crescimento do volume de serviços no Brasil (11,5%) se deu em todas as 27 unidades da federação. O principal impacto positivo veio de São Paulo (11,8%), seguido por Minas Gerais (16,7%), Rio de Janeiro (7,7%), Santa Catarina (17,2%) e Rio Grande do Sul (11,5%).
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