A Vivo (VIVT3) anunciou nesta sexta-feira (24), um importante avanço no setor de telecomunicações ao firmar um acordo com a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) para migrar do regime de concessão para o regime de autorização na telefonia fixa (STFC).

A mudança ainda aguarda aprovação do Ministério Público, Tribunal de Contas da União (TCU) e Advocacia-Geral da União (AGU), mas os sinais de progresso são promissores.

Embora os valores exatos do acordo ainda não tenham sido divulgados pela empresa, informações preliminares indicam que a proposta está cerca de 50% abaixo do valor inicialmente sugerido pela Anatel.

Isso significa que, em vez dos R$ 8,7 bilhões estimados pela agência reguladora, a Vivo pode estar negociando um montante em torno de R$ 4,5 bilhões.

A mudança para o regime de autorização é vista como um movimento estratégico positivo para a Vivo, pela XP Investimentos.

“A redução do investimento em acessos legados permitirá que a empresa foque em áreas mais dinâmicas e menos onerosas. Em 2023, as receitas non-core (vozes fixas, xDSL e DTH) representaram apenas 6,1% da receita líquida da Vivo, com uma queda anual de 18%”, destaca a casa.

Com isso, a XP mantém uma recomendação de compra para as ações VIVT3, com um preço-alvo de R$ 64,0 para o final de 2024.

“A perspectiva otimista reflete a expectativa de que a empresa conseguirá, com a migração, reduzir seus compromissos financeiros e operacionais, focando em tecnologias e serviços mais modernos e lucrativos”, comenta.

A XP conclui que o encerramento dos processos judiciais e administrativos, bem como a desistência da arbitragem contra a Anatel, deve proporcionar à Vivo um ambiente regulatório mais estável e previsível, beneficiando seus planos de longo prazo.

Publicidade

Investir sem um preço-alvo é acreditar apenas na sorte