Queda dos juros pode influenciar as escolhas da carteira dos investidores que queiram viver de renda

Viver de renda é um dos grandes desejos dos investidores brasileiros, embora não seja algo tão simples de se alcançar. Para isso, é necessário investir em ativos geradores de renda, ou seja, aqueles que pagam dividendos recorrentes e que tragam um retorno interessante no longo prazo sobre o valor investido, como fundos imobiliários e ações.

Outra forma de ter ganhos mensais e possivelmente viver de renda no futuro é com a renda fixa, cujos títulos geram aos seus detentores uma remuneração mensal por meio de juros. Um dos fatores que afetam essas remunerações é a Selic, taxa básica de juros do Brasil.

Conforme esperado por grande parte do mercado, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central anunciou o primeiro corte da Selic após três anos. O anúncio foi feito no dia 2 de agosto de 2023. Mas, será que a queda dos juros é um perigo para quem pensa em viver de renda?

Queda dos juros é um perigo para quem quer viver de renda?

Com esse novo corte na Selic, o mercado já se antecipa aos possíveis movimentos dos juros nas próximas reuniões do Copom. O Boletim Focus divulgado nesta segunda-feira, 7 de agosto de 2023, projeta uma Selic em 11,75% ao ano até o final deeste ano. Para 2025, a expectativa é de que a taxa chegue a 8,50% ao ano.

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Em outras palavras, novos cortes podem ocorrer, abrindo espaço para um ciclo de queda da Selic, o que impacta diretamente os investimentos. Apesar dos juros ainda estarem elevados, a possível continuidade de baixa da Selic começa a gerar uma maior atratividade aos ativos de renda variável.

Em um ciclo de alta da Selic, os investidores costumam migrar seus recursos para ativos de renda fixa, gerando um maior fluxo vendedor às ações e fundos imobiliários, por exemplo. De forma análoga, em um eventual ciclo de baixa dos juros, os investidores voltam a investir mais na renda variável, o que fomenta a valorização desses ativos na Bolsa de Valores.

Para quem busca viver de renda passiva, no entanto, o foco está no recebimento de proventos de ações e FIIs e, portanto, a desvalorização das cotas pode gerar oportunidades no mercado.

Do ponto de vista financeiro, o ideal é construir uma carteira de investimentos diversificada, contando com fundos imobiliários, ações brasileiras e internacionais e uma parcela em renda fixa. Quem segue essa estratégia, buscando realizar aportes mensais, consegue se beneficiar de ambos os cenários, tanto no ciclo de alta, quanto de queda dos juros.

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Por essa razão, a queda dos juros não é um perigo para quem quer viver de renda. O que acontece é que em diferentes momentos da macroeconomia, alguns investimentos proporcionam uma maior rentabilidade do que outros. Cabe ao investidor aproveitar esse dinamismo do mercado para gerar ganhos atrativos em ativos distintos.

Por essa razão, ter uma carteira diversificada é fundamental para o sucesso nos investimentos, principalmente para quem tem uma visão de longo prazo. Reinvestir os proventos recebidos também pode ser uma forma de acelerar os ganhos, se aproveitando do poder dos juros compostos no longo prazo.

Quais são os investimentos para viver de renda?

Os investimentos para viver de renda são aqueles que proporcionam ganhos recorrentes com juros, dividendos e demais proventos.

Na renda fixa, algumas das possibilidades são:

  • Títulos públicos: títulos relacionados à dívida pública brasileira. Alguns dos exemplos são: Tesouro Prefixado, Tesouro IPCA e Tesouro Selic.
  • Títulos privados: títulos de dívida emitidos por empresas, instituições financeiras e bancos. Nessa classe estão incluídos: CDB, LCI, LCA e debêntures.

Já na renda variável, os principais investimentos geradores de renda são:

  • Ações: Cada ação representa uma pequena “fatia” em uma empresa. No caso das companhias da B3 que pagam dividendos e juros sobre capital próprio (JCP), esses papéis são opções interessantes para a geração de renda.
  • Fundos imobiliários: fundos de investimento voltados a ativos imobiliários. Possuem diversos segmentos distintos, distribuídos entre as categorias de FIIs de papel, FIIs de tijolo e híbridos. A cada semestre, os FIIs precisam distribuir aos cotistas pelo menos 95% dos rendimentos auferidos na forma de dividendos.

Em suma, é importante destacar que viver de renda passiva não é algo simples. Esse processo pode demorar anos, e exigir aportes recorrentes, disciplina financeira e construir uma carteira diversificada com bons ativos, conforme o perfil de risco do investidor e a sua estratégia.

Ficou com alguma dúvida? Através do formulário abaixo, o nosso time de especialistas pode ajudar você a compreender melhor como adequar a sua carteira aos acontecimentos do mercado. Entre em contato e entenda melhor!

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