Os contratos negociados com soja em Chicago iniciaram a manhã de quinta-feira, 25/04, operando em queda de 9 cents, a 11,57/maio. Depois de uma alta de cerca de 3% apuradas nas últimas sessões, o mercado fica sujeito a vendas técnicas, sobretudo quando combinado com as incertezas do mercado financeiro.Há também razões fundamentais para os ajustes. Na Argentina, depois de muitas chuvas, o tempo melhora e permite o avanço da colheita. No Brasil, a colheita entra na reta final. Com isso, a oferta sul-americana, apesar de transtornos climáticos, é bastante robusta. Enquanto isto, nos campos do Meio Oeste o plantio segue avançando e o clima tem sido favorável.Do lado da demanda, a China tem se voltado de forma mais agressiva para compras no Brasil e Argentina (onde os preços estão mais competitivos), ao mesmo tempo em que os EUA veem seu programa de exportações ficar ainda mais atrasado.- O USDA acaba de divulgar que, na última semana, foram exportadas apenas 0,21MT de soja – bem abaixo do esperado. No acumulado da estação, as vendas externas estão em 41,5MT, ante 50,4MT do mesmo período do ano passado. Os embarques também seguem muito atrasados; na temporada somam 38,1, contra 46,5MT do mesmo intervalo do ciclo anterior.Levantamento da ANEC indica que o Brasil deverá fechar abril com exportações próximas de 13,5MT de soja. Os primeiros três meses do ano agrícola deve alcançar embarques de algo como 33,0MT, contra 32,6MT do mesmo período da temporada anterior.As projeções sobre produtividade e colheita da safra brasileira tendem a ser mais precisas na medida em que os trabalhos de campo chegam ao final. Os extremos devem se aproximar. Por enquanto, as projeções mais realistas parecem indicar uma produção entre 148,0MT e 150,0MT.- Prêmios nos portos giram na faixa entre zero e 15 pontos positivos no mercado spot. Indicações de compra no oeste do Paraná entre R$ 123,00/124,00 e em Paranaguá na faixa de R$ 130,00/132,00 – dependendo do prazo de pagamento e, no interior, também do local e do período de embarque.

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