Em abril de 2022 o volume de vendas no comércio varejista cresceu 0,9% frente ao mês imediatamente anterior, na série com ajuste sazonal, quarto aumento consecutivo para esse indicador, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A média móvel trimestral foi de 1,2%.
Na série sem ajuste, frente a abril de 2021, o comércio varejista cresceu 4,5%, terceira alta consecutiva. No ano de 2022, o comércio varejista acumula crescimento de 2,3%, enquanto nos últimos dozes meses o resultado foi de 0,8%.
No varejo ampliado, que inclui Veículos, motos, partes e peças e Material de construção, o volume de vendas variou 0,7% em relação a março e a média móvel trimestral foi de 1,1%. Em relação a abril de 2021, o varejo ampliado cresceu 1,5%, terceira alta consecutiva. No ano, o acumulado foi de 1,4% e nos últimos doze meses, de 2,2%.
Quatro das oito atividades do varejo ficaram positivas em abril
A variação de 0,9% no volume de vendas do comércio varejista, na passagem de março para abril de 2022, na série com ajuste sazonal, teve, em termos setoriais, equilíbrio entre taxas no campo negativo e taxas no campo positivo: Móveis e eletrodomésticos (2,3%), Tecidos, vestuário e calçados (1,7%), Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria (0,4%) e Outros artigos de uso pessoal e doméstico (0,1%) tiveram resultados positivos.
Já Combustíveis e lubrificantes (-0,1%), Hiper, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (-1,1%), Livros, jornais, revistas e papelaria (-5,6%) e Equipamentos e material para escritório informática e comunicação (-6,7%) tiveram variações no campo negativo. Para o varejo ampliado, tanto a atividade de Veículos, motos, partes e peças (-0,2%) quanto de Material de Construção (-2,0%) tiveram resultados negativos.
Comércio varejista cresce 4,5% frente a abril de 2021
Em relação a abril de 2021, o comércio varejista avançou em cinco das oito atividades pesquisadas: Tecidos, vestuário e calçados (33,9%), Combustíveis e lubrificantes (9,7%), Hiper, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (4,0%), Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria (3,5%) e Outros artigos de uso pessoal e doméstico (1,5%).
Por outro lado, três atividades registraram queda na comparação interanual: Móveis e eletrodomésticos (-8,7%), Livros, jornais, revistas e papelaria (-0,9%) e Equipamentos e material para escritório informática e comunicação (-0,5%). Considerando o comércio varejista ampliado, Veículos e motos, partes e peças registrou queda de 2,1% e Material de construção caiu 10,1%.
A atividade de Tecidos, vestuário e calçados cresceu 33,9% frente a abril de 2021, quarto resultado positivo consecutivo. Com isso, o setor registra a segunda maior contribuição do varejo, com 1,9 p.p. No ano, o setor acumula crescimento de 26,7%. Nos últimos doze meses, ao passar de 23,5% em março para 19,4% em abril, o setor demonstra redução de intensidade de crescimento.
O setor de Combustíveis e lubrificantes aumentou 9,7% frente a abril de 2021, contra aumento de 12,3% em março de 2022. Em relação ao acumulado no ano, ao passar de 1,7% em março para 3,7% em abril, a atividade mostra aumento no ritmo de vendas. No acumulado nos últimos doze meses, ao passar de 2,5% em março para 1,9% em abril, o setor assinala diminuição de intensidade de crescimento.
A atividade de Hiper, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo cresceu 4,0% nas vendas frente a abril de 2021, contra queda de 3,4% no mês anterior. O resultado de abril também representou a maior contribuição para o total do comércio varejista, com 2,0 p.p. No ano o setor acumula 0,4% de crescimento, invertendo sinal de março (-0,9%). No acumulado nos últimos doze meses, ao passar -2,3% em março para -1,8% em abril, o setor mostra redução de intensidade de queda.
O agrupamento de Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria cresceu pelo sexto mês consecutivo no indicador interanual, atingindo 3,5% nas vendas frente a abril de 2021. No acumulado do ano, no entanto, a entrada de abril de 2022 representou diminuição no ritmo de crescimento: 8.9% até março contra 7,6% até abril.
A atividade de Outros artigos de uso pessoal e doméstico, que engloba lojas de departamentos, óticas, joalherias, artigos esportivos, brinquedos, etc., cresceu de 1,5% em abril, terceiro aumento consecutivo após seis meses de queda. No ano, o resultado é positivo em 1,0%, mantendo ritmo do mês anterior (0,9% até março). Nos últimos doze meses, há acúmulo de 5,7%, abaixo da comparação até março (9,9%).
O setor de Móveis e eletrodomésticos caiu 8,7% frente a abril de 2021, voltando a apresentar resultado negativo na leitura interanual, já que o mês de março registrou aumento de 7,2% depois de nove meses com valores negativos. Adicionalmente, a atividade foi a única a influenciar negativamente no indicador global, contribuindo com -0,9 p.p. Em relação ao acumulado no ano, ao passar de -6,3% em março para -6,9% em abril, a atividade mostra aumento no ritmo de perdas.
O grupo de Livros, jornais, revistas e papelaria teve queda de 0,9% frente a abril de 2021. Este é o primeiro mês de resultados positivos para a atividade após três meses consecutivos de crescimento. Em relação ao acumulado no ano, ao passar de 25,8% em março para 20,4% em abril, a atividade mostra redução de ritmo de crescimento. O mesmo se dá para o acumulado dos últimos doze meses: 9,7% até março e 5,8% até abril.
O setor de Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação apresentou taxa de -0,5% frente a abril de 2021, após aumento de 16,5% no mês anterior. No ano, o setor segue registrando taxas próximas à estabilidade: 0,2% até março contra 0,0% até abril. Por outro lado, no acumulado nos últimos doze meses, ao passar de -0,2% em março para -2,3% em abril, o setor mostrou perda de ritmo de crescimento.
No comércio varejista ampliado, a atividade de Veículos e motos, partes e peças, teve queda de 2,1% frente a abril de 2021, primeira após cinco meses consecutivos de crescimento. O setor também foi responsável pela segunda maior contribuição negativa à taxa global do varejo ampliado (-0,5 p.p). Em relação ao acumulado no ano, ao passar de 3,9% em março para 2,3% em abril, a atividade aponta perda de ritmo, mesma leitura para o indicador acumulado dos últimos doze meses: 15,9% até março para 10,0% até abril.
Também compondo o varejo ampliado, a atividade de Material de construção caiu 10,1% frente a abril de 2021, contra aumento de 1,2% no mês anterior. Em relação ao acumulado no ano, ao passar de -4,8% até março para -6,1% até abril, a atividade mostra aumento no ritmo de perda, mesmo cenário do acumulado nos últimos doze meses, que passa de -1,0% em março para -4,1% em abril.
Varejo tem resultados positivos em 19 Unidades da Federação de março para abril
Na passagem de março para abril de 2022, na série com ajuste sazonal, a taxa média nacional de vendas do comércio varejista cresceu 0,9%, com resultados no campo positivo em 19 das 27 Unidades da Federação, com destaque para: Amazonas (4,4%), Rio Grande do Norte (4,0%) e Alagoas (3,8%). Por outro lado, oito estados tiveram resultados no campo negativo, com destaque para: Pernambuco (-7,7%), Roraima (-4,5%) e Pará (-4,4%).
Para a mesma comparação, o comércio varejista ampliado registrou resultados positivos em 18 das 27 Unidades da Federação, com destaque para: Ceará (6,6%), Amazonas (6,4%) e Rio Grande do Norte (3,4%). Por outro lado, pressionando negativamente, figuram 9 das 27 Unidades da Federação, com destaque para Espírito Santo (-5,3%), Roraima (-2,5%) e Goiás (-2,3%).
Frente a abril de 2021, o comércio varejista registrou avanço de 4,5%, com resultados positivos em 23 das 27 Unidades da Federação e destaque para: Ceará (18,5%), Alagoas (15,1%) e Espírito Santo (14,9%). Por outro lado, pressionando negativamente, destacam-se Pernambuco (-7,6%), Bahia (-4,9%) e Amazonas (-2,0%).
Já no comércio varejista ampliado, entre abril de 2022 e abril de 2021, houve recuo de 1,5%, com resultados positivos em 20 das 27 Unidades da Federação, com destaque para Alagoas (11,1%), Rio Grande do Norte (9,9%) e Ceará (9,2%). Por outro lado, pressionando negativamente, destacam-se Pernambuco (-10,2%), Bahia (-5,8%) e Paraná (-3,6%).