Com 270.560 unidades licenciadas, o mês de abril (19 dias úteis) registrou alta de 14,5% no número de emplacamentos diários, na comparação com março (22 dias úteis), segundo dados da FENABRAVE – Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores. Com isso, o Setor fechou o mês próximo da estabilidade, em relação a março/22, apenas com ligeira queda, de 1,1%. Já no comparativo com abril de 2021, houve retração de pouco mais de 6% e, no acumulado do ano, a queda é de cerca de 7,2%.

‘Temos notado uma recuperação gradativa nos emplacamentos. Apesar de ainda estarmos em retração, no acumulado do ano, notamos que, no fechamento do primeiro bimestre de 2022, o volume estava cerca de 13% menor se comparado a igual período de 2021. Agora, a retração caiu para pouco mais de 7%, o que sinaliza um movimento de retomada’, afirma Andreta Jr., Presidente da FENABRAVE.

Para ele, o resultado é positivo, considerado o momento global pós-pandemia e de conflitos internacionais. ‘A Ucrânia, que está em guerra com a Rússia, é um importante fornecedor de insumos para a indústria de semicondutores, o que agrava a crise de abastecimento global. Além disso, há problemas com preços de combustíveis no mundo inteiro. Dentro deste cenário, vemos com otimismo sinais de melhora no Setor’, diz.

Segmentos

Automóveis e Comerciais leves

O destaque destes segmentos é a recuperação dos emplacamentos de automóveis, que registraram alta nos licenciamentos diários e no volume total, mesmo com três dias a menos em abril, na comparação com março. ‘É o melhor resultado nos emplacamentos de automóveis no ano. Apesar de os volumes estarem em um patamar inferior ao do ano passado, pode significar uma reversão da tendência de queda registrada no primeiro trimestre’, diz Andreta Jr.

Esse bom desempenho, no entanto, não foi suficiente para reverter a queda acumulada do quadrimestre, que chegou a quase 23%, como reflexo da combinação de uma conjuntura internacional, abalada pelo conflito entre Rússia e Ucrânia, e dos reflexos em nossa econômica, que se traduz em elevada inflação e aumento das taxas de juros para financiamentos.

Os emplacamentos de veículos eletrificados cresceram 15,3% sobre o mesmo mês do ano passado e já registram alta de 78,4% no acumulado do ano, somando 13.010 unidades no período. ‘Apesar de o volume ainda ser pequeno, isso mostra uma tendência de comportamento de mercado’, conclui o Presidente da FENABRAVE.

Caminhões

Para o Presidente da FENABRAVE, o segmento segue aquecido e a retração no mês está mais relacionada com a diferença de dias úteis de abril em relação a março. ‘A demanda por caminhões continua. Tanto que, se analisarmos por vendas diárias, o segmento teve alta de 7,1% em abril’, diz. ‘Além disso, ainda persistem problemas de falta de peças e componentes’, finaliza Andreta Jr.

Ônibus

Os emplacamentos de ônibus seguem em um ritmo de recuperação lento, mantendo alta no acumulado do ano em relação ao mesmo período de 2021. ‘Esse segmento está com resultados positivos no quadrimestre, em função do crescimento do volume de passageiros transportados, como reflexo do aumento de preço dos combustíveis. Vale ressaltar que as oscilações costumam ser mais altas por conta da base baixa de comparação, com os anos da pandemia’, explica Andreta Jr.

Implementos Rodoviários

Teve alta nas vendas diárias em abril e, de acordo com o Presidente da FENABRAVE, não há mudanças significativas de cenário para este ano. ‘As oscilações nos emplacamentos estão dentro do que esperávamos e as perspectivas para implementos são boas para o restante do ano’, conclui Andreta Jr.

Motocicletas

Registram o melhor desempenho de todo o Setor no acumulado dos quatro primeiros meses do ano e a demanda continua alta. ‘Apesar do crédito mais restrito em 2022 (aprovação média de 30% das propostas), o segmento tem registrado excelentes resultados. Tanto que as vendas diárias foram ainda melhores em abril do que em março deste ano, sendo o melhor mês, em volume total, de emplacamentos de motocicletas em 2022’, diz Andreta Jr.

‘Serviços de delivery, e-commerce e a alta do preço dos combustíveis tem atraído mais os consumidores para motos, cujo consumo é menor do que em automóveis, por exemplo’, complementa o Presidente da FENABRAVE.

Tratores e Máquinas Agrícolas

O aumento da área plantada e a elevação dos preços das commodities têm mantido o segmento aquecido. ‘A comercialização destes veículos fechou o primeiro trimestre com alta expressiva sobre o mesmo período de 2021, com um volume quase 30% maior que no ano passado’, avalia o Presidente da FENABRAVE.

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