Não é segredo para ninguém que o mercado vem dançando conforme a pandemia desde o início de 2020. No fim de 2021, a descoberta da Ômicron levou a mais uma turbulência pesada no mercado – história que pode se repetir muito em breve.

Pesquisadores do Instituto Hospitalar Universitário (IHU) de Marselha, comandado por Didier Raoult, fizeram a descoberta de uma nova variante do SARS-CoV-2 com 46 mutações, incluindo uma que está associada ao possível aumento de contágios. Ela, por si só, é derivada de outra, a B.1.640, detectada no fim de setembro de 2021 na República do Congo e atualmente sob vigilância da Organização Mundial da Saúde.

Na França, os primeiros casos da nova variante, que tem designação técnica B.1.640.2, foram observados na localidade de Forcalquier, na região de Provença-Alpes-Costa Azul. Na mesma região, mas em Marselha, uma dezena de casos surgiram associados a viagens aos Camarões, país que faz fronteira com a República do Congo.

Raoult ganhou fama mundial por promover o uso do remédio antimalária hidroxicloroquina como tratamento para a Covid-19 desde o início da pandemia, ainda sem provas de sua eficácia. Essa promoção virou política pública em diversos países, inclusive no Brasil, que distribuiu cloroquina durante boa parte da pandemia.

A Ômicron, identificada em novembro, é a mais contagiosa de todas as variantes do coronavírus consideradas preocupantes, apresentando mais de 30 mutações genéticas na proteína spike, a “chave” que permite ao vírus entrar nas células humanas.

Vários países, incluindo Portugal e França, têm atingindo recordes diários de infecções devido à circulação dessa variante. A situação no Brasil também começa a se deteriorar depois de meses de relativa tranquilidade, enquanto os Estados Unidos também vê casos em alta.

(Com Agência Brasil)

Felipe Moreno

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