Assim como ocorreu no ano passado, 2021 deve ser um ano movimentado em ofertas iniciais de ações (IPOs, na sigla em inglês). Até final de janeiro, pelo menos oito empresas já haviam formalizado pedido para estrear no mercado de ações nas próximas semanas: EspaçoLaser (varejo/saúde), Intelbras (varejo), MPM Corpóreos (varejo/saúde), Mobly (varejo), Mosaico (tecnologia), Focus Energia (Energia), Jalles Machado (agronegócio) e Bemobi Mobile Tech (tecnologia).

Conforme a Suno Research, há quase 50 companhias na fila de espera, embora a grande maioria ainda sem data. Os setores que mais movimentarão o pregão com IPOs são commodities, consumo, varejo, tecnologia e infraestrutura. São companhias como CSN Mineração, Havan e Kalunga.

Algumas empresas já levaram os mercados a se agitarem com suas estreias. A chegada ao pregão da Intelbras, fabricante de câmeras e dispositivos eletrônicos de segurança, movimentou R$ 1,3 bilhão nesta semana. Com o mês cheio de estreias marcadas na B3, a companhia foi a primeira de 12 a precificarem seus IPOs em fevereiro.

No ano passado, os IPOs foram intensos: 28 empresas abriram capital na B3 e levantaram R$ 117 bilhões. “Estamos vivendo um cenário de empresas se capitalizando no mercado, muito em razão da taxa de juros no Brasil, em patamares historicamente baixo, e isso facilita a captação de recursos junto aos acionistas. Além disso, hoje a bolsa brasileira é muito mais líquida e maior do que em anos anteriores”, analisa Fernando Ferreira, estrategista-chefe e Head do Research da XP.

Conforme levatamento da Suno, as candidatas a abrir o capital em 2021 planejam usar os recursos que serão captados para investir no negócio e expandir suas operações. Grande parte delas também quer acelerar os investimentos em tecnologia, ponto que virou mandatório com a pandemia. Outro uso previsto para o dinheiro é redução de dívidas.

Sob a ótica do investidor, participar ou não de um IPO depende de seu apetite por risco e sua disposição para estudar a companhia estreante. Ferreira lembra que as informações disponíveis para estes casos são mais escassas do que as de veteranas da bolsa. “Nas empresas já listadas, você pode ler os balanços, os press releases e conhecer seu histórico de relação com investidores. No caso das estreantes, há apenas os prospectos e informações dos três anos anteriores”, compara.

Por isso, a avaliação precisa ser minuciosa. É importante que o investidor entenda o negócio, as alavancas de crescimento, os riscos envolvidos, a realidade do mercado de atuação, a gestão, a capacidade e condição financeira. Também é fundamental saber qual será o destino dos recursos – pagar dívida ou investir no crescimento, por exemplo.

Importante também é importante saber se a oferta é primária (com recursos irrigando o caixa da companhia) ou secundária (com acionistas vendendo suas ações, sem que o dinheiro vá pra a empresa). “Vale a pena participar de IPOs, desde que se entenda a empresa na qual se pretende investir”, reforça o estrategista da XP.

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