Segundo a imprensa, o valor de venda da Oxiteno pode atingir US$ 1,5 bilhão (R$ 8 bilhões). Este número é equivalente a 29,8% do valor de mercado da Ultrapar no último pregão.

Conforme reportagem do jornal Valor, a venda da Oxiteno está atraindo interesse de empresas químicas internacionais (Indorama e LyondellBasell), fundos de investimento (Advent e Carlyle) e grupos nacionais como a Unipar.

Vale lembrar que no mês passado, a Ultrapar confirmou que em relação à Oxiteno “está avaliando alternativas estratégicas para esse negócio, que incluem potencial desinvestimento”.

As vendas da Oxiteno, e talvez da Extrafarma, devem ser feitas para gerar fundos para a aquisição de uma refinaria da Petrobras. O mercado gosta desta “troca”, dado que UGPA3 subiu forte em dezembro, quando a Ultrapar confirmou estudos para a venda da Oxiteno. Porém, é importante notar que a Oxiteno é bastante rentável e refinarias, normalmente, tem baixo retorno.

A Oxiteno produz tensoativos e especialidades químicas, que atendem aos setores de tintas, agroquímicos, limpeza, petróleo e produtos de beleza.

No 3T20, a Oxiteno apresentou um bom resultado, em função das vendas mais concentradas no mercado externo e em produtos com maior valor agregado, além dos ganhos com a desvalorização do real. A receita líquida no trimestre aumentou 27,2% e o EBITDA total (R$ 169 milhões) foi 109% maior que no 3T19. No acumulado de nove meses/2020, o EBITDA da Oxiteno somou R$ 523 milhões, valor equivalente a 20,7% do total consolidado e 217,0% acima do 9M19.

Nos últimos doze meses, UGPA3 caiu 9,5%, mas o Ibovespa teve uma valorização de 3,4%. Esta ação estava cotada no último pregão (R$ 22,68) 18,2% abaixo da máxima alcançada nos últimos doze meses e 124,3% acima da mínima neste período.

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