A Genial destaca os investidores no seu relatório sobre a Vale (VALE3). Entre outras observações, diz que ao conversar com um grupo de investidores, os analistas perguntaram quais eram os maiores temores que os impediam de adotar uma posição comprada nas ações da Vale.
“Para se ter uma ideia do peso que ouvimos, chegamos a uma média de ~90% de peso nas incertezas sobre a China, em comparação com os overhangs, que representam apenas ~10%. Acreditamos que é fato que a grande maioria dos investidores está pessimista, e que podem modelar premissas duras, uma vez que não sabem as condicionantes dos acordos de Mariana (MG) e das ferrovias EFVM e EFC, por exemplo. Por isso acreditamos que a modificação do guidance da Vale sobre o acidente de Mariana (MG), através do provisionamento para a Samarco, não trará muita negatividade adicional para as ações.”
Vale (VALE3) na faixa de risco dos investidores
Os analistas explicam que isso cria dificuldades para a volta de uma posição comprada no papel, após um nível tão grande de desconto parece ser, nesse momento, mais as incertezas ligadas a economia chinesa e a demanda estrutural por minério de ferro daqui em diante, do que necessariamente os overhangs.
“Por outro lado, conversamos com investidores que possuem uma mentalidade de short em minério de ferro, uma vez que é notório a extrema dependência da China, que passa por modificações estruturais e não cíclicas, que devem perdurar”, complementam.
Mesmo nada otimistas com a China, a Genial recomenda a compra porque tem o objetivo de demonstrar o upside que existe na ação, “mesmo adotando premissas mais duras com o pagamento de outorga complementar nas ferrovias EVFM e EFC, um ritmo e pagamento mais severos para o acordo de Mariana (MG) e estimativas macro mais céticas”.
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