A Superintendência Regional do Trabalho de Minas Gerais, responsável por interditar atividades da empresa no local, afirmou que uma barragem chamada Xingu, na mina Alegria em Mariana, pertencente a Vale, corre “grave e iminente risco de ruptura por liquefação”. Ela foi desativada em março de 2020 pela Agência Nacional de Mineração.

A Xingu não recebe rejeitos de minério de ferro há mais de 20 anos, entretanto; alguns trabalhadores ainda executam atividades no local, o que motivou a ação dos fiscais trabalhistas. De acordo com a superintendência, uma ruptura no local, poderia causar soterramento de trabalhadores em Mariana; já castigada em 2015 por um rompimento da barragem da Samarco, que deixou 19 mortos.

“A análise dos documentos apresentados pela própria empresa revela que a barragem Xingu não apresenta condições de estabilidade, com alguns fatores de segurança para situações não drenadas inferiores a 1,0, oferecendo risco significativo e iminente de ruptura”, disse a superintendência.

A Vale reafirmou que “não existe risco iminente de ruptura da barragem de Xingu e que não houve alteração nas condições ou nível de segurança da barragem, que permanece em nível 2”, do Plano de Ação de Emergência de Barragens de Mineração (PAEBM).

Impacto: Marginalmente negativo. O temor de um possível novo desastre voltou ao radar de investidores da Vale, que por outro lado, afirma não haver risco iminente de ruptura. A mineradora tem feito um bom trabalho de reconstrução de sua imagem, além de pagamentos emergenciais aos atingidos pelos desastres de Mariana em 2015; e Brumadinho em 2019, bem como o plano de descaracterização de barragens, para prevenir novos acidentes.

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