A Vale divulgou seu resultado do 4T19, apresentando prejuízo líquido de R$ 6,4 bilhões no período. O desempenho negativo foi afetado por novas provisões em relação ao desastre de Brumadinho no valor de R$ 4,6 bilhões e pela revisão contábil (impairment) em relação a ativos em Moçambique e na Nova Caledônia no valor de R$ 19,4 bilhões.

A receita líquida atingiu R$ 41 bilhões, avanço de 9,5% no período. O Ebitda no período foi de R$ 14,5 bilhões. Desconsiderando os efeitos da provisão relativo ao desastre de Brumadinho neste trimestre; o Ebitda teria alcançado R$ 19,1 bilhões, em linha com o esperado pelo mercado.

O desempenho no trimestre foi beneficiado por um maior volume de vendas, compensando o menor preço dos minérios na comparação com o 3T19. No acumulado do ano, o desempenho foi melhor em função de maiores preços do minério de ferro (cerca de 33% maior), compensando o menor volume exportado.

A companhia informou ainda que recebeu o relatório final do Comitê Independente que investigou o rompimento da barragem localizada em Brumadinho (MG), ocorrida no ano passado. De acordo com a o Comitê, a empresa tinha informações sobre a fragilidade da barragem desde 2003.

Impacto: Negativo. O resultado operacional foi em linha com o esperado pelo mercado. Contudo, as provisões acima do divulgado inicialmente pela Vale para as operações na Nova Caledonia e Moçambique; além das provisões relacionadas ao evento de Brumadinho poderão impactar negativamente a ação hoje. Outro ponto negativo, o relatório do Comitê Independente que investigou o rompimento da barragem, também é um ponto de atenção. O processo de de-risking da Vale ainda segue em processo de maturação, com a previsão de retomada de algumas operações ainda em 2020.

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