O marketing digital é visto hoje como uma das profissões do futuro pela possibilidade de conectividade e revolução tecnológica

Uma recente pesquisa divulgada no mês de maio pelo Ministério do Trabalho e Emprego apontou que o Brasil possui mais de 600 mil jovens aprendizes contratados. Só no primeiro trimestre deste ano, 46.491 jovens entraram na aprendizagem, representando um aumento de 8,3% em relação a dezembro de 2023. Esses números reforçam que o jovem brasileiro busca cada vez mais por uma oportunidade no mercado de trabalho e cabe às empresas investirem em programas de qualificação profissional para esse público.

A legislação determina no artigo 429 da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), que toda a empresa de médio ou grande porte deve ter em seu quadro de colaboradores de 5 a 15% de aprendizes, garantindo assim o programa de aprendizagem. Esse programa normalmente é aplicado por meio do Jovem Aprendiz, o qual oportuniza a primeira experiência de trabalho para jovens de 14 a 24 anos. Mas, para que o programa funcione é preciso que as empresas ofereçam um ambiente colaborativo e inclusivo, com atividades práticas e que desafiem os jovens a irem além e buscarem sua área de interesse.

Todavia, quando falamos de oportunizar ao jovem uma primeira experiência no mercado de trabalho, ainda existe o desafio de ofertar uma área que seja de seu interesse, levando em consideração que esse jovem não necessariamente possui qualificação e está descobrindo do que gosta. Neste contexto, uma área que ganha espaço e desperta o interesse do jovem aprendiz é o marketing digital, tido hoje como uma das profissões do futuro pela possibilidade de conectividade e revolução tecnológica.

O marketing digital é uma ferramenta que ajuda os jovens a se conectarem com as novas tecnologias, mostrando novas oportunidades, ensinando empreendedorismo, criação de conteúdos, além de atuar no desenvolvimento de habilidades analíticas importantes. Essas habilidades adquiridas ajudam o jovem a se destacar no mercado de trabalho, servindo como um guia para extrair o que tem de melhor no mar de informações é a internet.

Além disso, possibilita o desenvolvimento de hard skills, além de habilidades interpessoais como comunicação, trabalho em equipe, proatividade, gestão do tempo, pensamento crítico e resiliência. Todas essas competências são fundamentais para o profissional do futuro, seja na área do marketing ou qualquer outro segmento que deseje atuar.

Levando em consideração o potencial dessa área na formação de mão de obra qualificada é fundamental que o processo de aprendizagem dentro das empresas seja adequado, especialmente àqueles voltados para estudantes de escolas da rede pública, por exemplo. Muitos desses jovens não dispõem de boas condições financeiras e a primeira experiência profissional para muitos é a chance de adquirir novos conhecimentos, construir uma rede de contatos, receber orientações e acima de tudo ganhar confiança e potencializar a sua capacidade.

Em resumo, a primeira experiência profissional, seja ela em marketing digital ou qualquer outra área, quando bem executada pelas empresas, se torna um agente de transformação social, contribuindo para a construção de uma sociedade mais justa e inclusiva.

Por: Silmara Araújo, head de gente e gestão na Kipiai

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