Na noite de ontem, a empresa divulgou seus resultados do 4T19, que apresentaram ligeiro aumento de receita e margem bruta na comparação com o 4T18. Porém, a contabilização de um elevado valor de impairment (R$ 593 milhões), levou ao prejuízo no trimestre.

O prejuízo líquido consolidado da Ultrapar no 4T19, foi de R$ 267 milhões (R$ 0,24 por ação), contra lucros de R$ 298 milhões no trimestre anterior e R$ 508 milhões no mesmo período de 2018. O lucro do 4T18 sem não recorrentes foi de R$ 133 milhões.

Em 2019, a Ultrapar sofreu com quedas de vendas nas principais controladas levando a receita líquida anual (R$ 89,3 bilhões) a ficar 1,5% abaixo do ano anterior. Aumentos de despesas operacionais e a contabilização de impairment e baixa de ativos no 4T19 levaram o EBITDA de 2019 (R$ 2,4 bilhões) a ficar 20,6% abaixo de 2018. O lucro líquido em 2019 de R$ 410 (R$ 0,37/ação) ficou 61,1% menor que no ano anterior.

A Ipiranga no 4T19, sempre comparando ao mesmo trimestre do ano anterior, apresentou uma redução de 0,8%, puxada pela redução de 2,2% em diesel. Por outro lado, os combustíveis do ciclo Otto (gasolina, etanol e GNV) tiveram aumento de 0,9% no volume vendido. A receita no período foi positivamente afetada pelos aumentos os preços dos derivados e cresceu 1,8%, apesar da contração no volume vendido. Aumentos de custos e despesas (reversão de provisões) limitaram a expansão do EBITDA (R$ 631 milhões), que aumentou 10,9%.

A Oxiteno apresentou no 4T19 queda nas vendas novamente quedas nas vendas totais (7,9%), principalmente dadas pela diminuição de 11,3% das vendas no Brasil. No exterior, houve um incremento de 2,0% no volume. O EBITDA recorrente no trimestre (R$ 64 milhões) ficou em R$ 64 milhões, 61,9% abaixo do ano anterior. Foi feita no 4T19 uma baixa de ativos (R$ 14 milhões) pelo abandono das operações da Andina.

O 4T19, a Ultragaz conseguiu uma boa recuperação de vendas (+2,6%), principalmente com o aumento de (6,4%) nos volumes vendidos a granel. Com custos e despesas controladas, a Ultragaz apresentou um sem não recorrentes de R$ 154 milhões, que foi 27,3% maior que no 4T18.

A Ultracargo foi beneficiada no 4T19 por um aumento de 12,0% no volume de armazenagem e por elevação dos preços. Com isso, a receita teve um forte aumento (20,6%). Porém, fortes aumentos nos custos operacionais e nas despesas, impediram um crescimento do EBITDA (ex não recorrentes) que foi de R$ 45 milhões, ficando 12,5% acima do 4T18.

A Extrafarma continuou apresentando resultados ruins no 4T19. O número de lojas ao final do 4T19, era de 416 unidades, sete menos que no trimestre anterior, mas 17 mais que no 4T18. Com isso, a receita líquida cresceu apenas 0,4% em relação ao mesmo período do ano anterior. Aumentos dos custos conduziram a uma ampliação do EBITDA negativo, que foi de R$ 36 milhões (ex não recorrentes), 140,0% maior que no 4T18. No período, a empresa realizou um impairment (R$ 593 milhões) referente ao ágio da aquisição da Extrafarma.

Ao final do 4T19, a dívida líquida consolidada da Ultrapar era de R$ 8,7 bilhões, que permaneceu praticamente estável no trimestre (+0,6%), mas aumentou 5,7% em doze meses. A relação dívida líquida/EBITDA no 4T19 era de 2,9x, vindo de 2,7x no 3T19 e 2,7x no 4T18.

Nossa recomendação para as ações da Ultrapar é de COMPRA com Preço Justo de R$ 27,00 (potencial de alta em 12%).

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