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A possibilidade de negociar ativos de empresas brasileiras listadas no exterior por meio dos Brazilian Depositary Receipts -BDRs – abriu novo leque de oportunidades para o investidor brasileiro.

O BDR representa a forma mais fácil de o investidor ter acesso a ativos de empresas internacionais, entre eles, algumas das ações mais destacadas do mercado, como Apple e Netflix. Isso tudo sem a necessidade de o investidor ter conta aberta no exterior.

O que são Brazilian Depositary Receipts

Os Brazilian Depositary Receipts, são uma aplicação de renda variável e funcionam como certificados de depósito de valores mobiliários, ou seja, títulos que são emitidos no Brasil, mas que na realidade representam outro valor mobiliário em país estrangeiro.

Assim, quando o investidor opta por fazer aplicações em BDRs, ele está, na realidade, assumindo posição similar a que teria se estivesse fazendo o investimento nos ativos estrangeiros representados pelas BDRs, com a diferença de operar por meio da B3, a Bolsa de Valores do Brasil.

Na prática, BDRs funcionam como fundos por meio dos quais o investidor pode diversificar sua carteira e obter participação em empresas de diferentes mercados.

Acesso para pequenos investidores

De maneira geral, as BDRs tendiam a ser associadas a soluções para investidores de grande porte, por conta das regras que até então impediam o pequeno investidor de fazer aplicações. Antes, o investidor não qualificado só tinha como adquirir um número bastante reduzido de BDRs de empresas estrangeiras na Bolsa brasileira.

Com as novas regras anunciadas em agosto de 2020 pela Comissão de Valores Mobiliários, algumas restrições serão flexibilizadas, permitindo ao investidor de varejo investir em BDRs. Antes da reforma, apenas ações emitidas por companhias abertas com sede e ativos no exterior, poderiam servir como lastro para os ativos negociados no Brasil. Agora, há permissão para que os ativos sejam lastreados em ações de origem estrangeira com ativos ou receitas no Brasil ou em títulos de dívida, que podem ser emitidos por companhias abertas aqui no Brasil. 

No fim, o que a norma oferece é um significativo aumento na liberdade dos investidores e também emissores, contribuindo para um processo de maior diversificação de portfólios. Trata-se de mais uma medida que amplia o mercado para investimentos no país, favorecendo o investidor de pequeno porte.

Vale lembrar que, assim como ocorre com ações, BDRs podem ser adquiridas via plataformas de investimentos, disponibilizadas por corretoras de valores.

Para quem o investimento é indicado

BDRs são opções para o investidor que pretende diversificar a sua carteira. Assim, a partir do perfil moderado já vale a pena ter maior atenção aos benefícios desse ativo. Até porque, com a modificação, será acessível ao investidor, inclusive a participação em determinadas ofertas públicas iniciais de ativos, os chamados IPOs, de companhias que operam no exterior via BDR.

Dessa forma, a modificação permite que o investidor brasileiro amplie suas possibilidades, participando de projetos internacionais, o que é mais indicado para quem conta com maior experiência no estudo dos fundamentos das empresas.

Investir em BDR não é o mesmo que investir em ações empresariais. Comprando ações, o investidor se torna sócio de uma empresa, enquanto investindo em BDR, ele se torna cotista de um fundo. Ainda assim, a solução pode ser atrativa, uma vez que permite que o brasileiro tenha acesso a ativos de grandes organizações internacionais, algo que antes só era possível mediante uma série de medidas burocráticas, como abertura de conta em corretoras estrangeiras e comprovação de residência no país em questão.

 

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Investir sem um preço-alvo é acreditar apenas na sorte