A Transmissão Paulista reportou os seus resultados referentes ao 4T20 na noite de ontem. Neste a empresa demonstrou ter forte geração de caixa, o que a permite avançar na estratégia de crescimento e distribuição de dividendos. Entre os principais destaques, estão:

• Desde 2016, a Companhia arrematou 14 lotes em leilões de transmissão realizados pela ANEEL, que somam capex ANEEL (ponderado pela participação da ISA CTEEP) de R$ 6,3 bilhões com incremento da RAP (ciclo 2020/2021) de cerca de R$ 645 milhões, após a entrada em operação dos ativos. Até 31 de dezembro de 2020, foram investidos cerca de R$ 2 bilhões nesses projetos;

• No 4T20, a receita operacional bruta consolidada atingiu R$ 989,4 milhões (+R$ 136,9 milhões vs. 4T19). Esse resultado deve-se (i) ao impacto positivo do ciclo da RAP 2020/2021, que considera a variação positiva do IPCA e os impactos da aplicação da Revisão Tarifária; (ii) o recebimento da remuneração do componente financeiro da RBSE pelo Ke com início no 3T20; e (iii) à entrada em operação de projetos de reforços e melhorias e dos projetos greenfield energizados no 4T20;

• Os custos e despesas de O&M, ex-depreciação, totalizaram R$ 194,2 milhões no 4T20 e R$ 587,5 milhões no ano. A Companhia tem como foco disciplina financeira para neutralizar a inflação da estrutura de custos e despesas;

• No 4T20 o resultado da equivalência patrimonial registrou despesa de R$ 32,9 milhões versus uma receita de R$ 26,5 milhões no 4T19. Em 2020, o resultado da equivalência patrimonial foi uma despesa de R$ 60,4 milhões versus uma receita de R$ 69,9 milhões em 2019;

• O EBITDA totalizou R$ 634,8 milhões no 4T20, aumento de 6,5% em relação ao 4T19. Em 2020, o EBITDA alcançou R$ 3.416,3 milhões, aumento de 56,4% em relação a 2019. Esses resultados são explicados, principalmente, pelos seguintes fatores: (i) contabilização da RTP retroativa (2018-2020) e da remuneração do componente financeiro da RBSE pelo ke de 2017 a 2020 realizada no 2T20 com complemento no 3T20; (ii) efeito do reajuste tarifário; e (iii) custos e despesas operacionais estáveis no ano;

• O resultado financeiro consolidado atingiu despesa de R$ 80,3 milhões no 4T20, acréscimo de R$ 33,4 milhões comparado à despesa no 4T19. Em 2020, o resultado financeiro atingiu despesa de R$ 208,1 milhões, acréscimo de R$ 22,0 milhões na comparação com 2019;

• O lucro líquido registrado no 4T20 foi de R$ 374,4 milhões, acréscimo de 8,4% em relação ao 4T19. O melhor resultado operacional e a menor despesa com imposto de renda e contribuição social em decorrência do benefício fiscal com o pagamento de JCP contribuíram positivamente para o resultado do período;

• Em 2020, o lucro líquido foi impulsionado basicamente pela melhora do EBITDA e pelo ganho com as operações de real estate.

Impacto: Positivo. A companhia teve um bom crescimento do Ebitda e Lucro Líquido, impulsionados pela decisão da Aneel de incluir o sistema de pagamento da Rede Básica de Sistema Existente, conectado ao pagamento da remuneração ligada ao custo de capital. Ainda, a cia aprovou a distribuição de dividendos intermediário no valor de R$ 531,2 milhões, forte geração de caixa e disciplina financeira.

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