A transformação digital vem trazendo mudanças dentro das empresas. Essa nova abordagem ocorre quando empresas utilizam tecnologias digitais para resolver problemas tradicionais. As mudanças surgem a partir de uma mudança estrutural nas organizações. Com o avanço das tecnologias, a internet passou a ser um dos maiores fatores, se não o maior,  para a operação das companhias. Tudo passou por um processo de adaptação, desde o atendimento ao cliente até o seu modo de operação. E isso continua, uma vez que, cada vez mais, surgem novidades no mundo digital.

A Transformação digital

Para implementar a transformação digital é necessário restabelecer os processos da empresa, implementando a cultura digital como meta para ganhar produtividade. No entanto, para conseguir exercer ela são necessários investimentos financeiros e também de tempo.

Mas por qual motivo você deveria implementar isso na sua empresa?

É simples, hoje o que não tem presença no mundo digital acaba perdendo. Existem 14 bilhões de dispositivos móveis em uso no mundo, de acordo com a organização Statista, e o processo de migração para o online já era importante, agora com a pandemia de Covid-19 isso cresceu muito. Lojas, restaurantes, redes farmacêuticas, pequenos, médios e grandes comércios estão migrando para o e-commerce. Além de empresas que nasceram digitais, como o Uber e o Spotify.

O setor de tecnologia vem ganhando esse constante destaque e deve ganhar mais espaço na Bolsa de Valores, segundo executivos do Itaú BBA. Os brasileiros já estão apresentando interesse pela área, como em papéis da Apple e do Facebook. De acordo com o diretor de banco de investimentos do Itaú BBA, Roderick Greenles, isso é fruto do isolamento social e mostra a mudança de pensamento no país. Em 2019 a impressão era de que os brasileiros não estavam dispostos a pagar múltiplos altos para empresas de tecnologia, mas agora a expectativa é que cada vez mais startups ou companhias em seus primeiros anos abram o seu capital (IPO) em 2021.

Tudo tem um preço

Para as empresas então, pensar no online é um processo cada vez mais necessário. Todavia ele não deve ser feito de qualquer jeito, mas sim com um planejamento bem estruturado pois nem tudo é barato. De acordo com o Dynamo Fund Report September 2020, as operações de TI representarão apenas 15 a 20% do orçamento das empresas, a utilização da nuvem de armazenamentos representará 30 a 35%, o desenvolvimento de software representará 15 a 20%, a segurança cibernética, de 5 a 10% e as despesas com software e outras representarão de 15 a 20%.

Como isso está surgindo nas empresas?

O Itaú Unibanco anunciou essa semana o seu novo presidente que afirma como uma de suas prioridades a transformação digital. Milton Maluhy afirma que quer deixar o banco mais leve e conseguir simplificar as operações.

Ainda conforme a Dynamo, a Nike apresentou um estudo de caso de destaque. Em 2013 a empresa decidiu que todas as suas soluções de TI deveriam passar a rodar nos mesmos servidores e bancos de dados. Cinco anos depois a empresa continuou aperfeiçoando o seu processo, repensando toda a parte de TI. O resultado foi positivo: a implantação de dados foi de uma a cada dois meses para 2,6 implantações por dia e também agora para realizarem alterações no site e aplicativos demoram 5 segundos, ao invés de 3 horas como antes das mudanças.

E a demanda para a Transformação digital existe?

Como mencionamos, ela já existia e a pandemia intensificou essa necessidade. Segundo a E-Commerce Brasil, a expansão desse setor aumentou em 40%.

Agora são mais de 1,3 milhão de lojas online, com um constante aumento. 8,48% dos sites brasileiros são de e-commerce, há cinco anos esse número era de 2,65%.

Em março, logo no início da pandemia, a alta de vendas de e-commerce foi de 100%, entre os dias 16 e 23. A Valor Investe observou os itens mais comprados naquele momento pelos brasileiros no site Mercado Livre, que teve aumento de 39% em seus pedidos. Em primeiro lugar encontravam-se as máscaras faciais, seguidas de gel anti-bacteriano e suplementos alimentares. Itens como fones de ouvido e eletrodomésticos também se destacaram. Os produtos estavam em sintonia com o momento vivido.

Agora, já que continuamos com a pandemia e as festas de final de ano estão se aproximando, a tendência é que o e-commerce apresente um papel muito maior nas vendas. De acordo com a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), as compras de Natal devem movimentar 38,1 bilhões de reais neste ano, número que é impulsionado pela pandemia. O economista da CNC Fabio Bentes diz que o e-commerce tem sido essencial para ajudar na recuperação do varejo. A CNC estima que esse final de ano vai ter a maior alta de vendas desde 2015, com aumento de 11%. Por conta disso, as empresas precisam ter uma preparação eficiente nas suas áreas de TI, se não vão acabar se prejudicando.

Investir na transformação digital é possivelmente a maior necessidade do momento, lembrando que essa era uma demanda já importante antes da pandemia. Com o assunto crescendo e o constante desenvolvimento das tecnologias, cada vez será mais fácil de efetuar as mudanças e quem não se adaptar, vai ficar para trás.


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