As transações correntes do balanço de pagamentos registraram déficit de US$ 5,7 bilhões em setembro de 2022, ante déficit de US$ 1,9 bilhão em setembro de 2021, informou nesta segunda-feira (24) o Banco Central (BC). Na comparação interanual, houve redução de US$ 196 milhões no saldo da balança comercial de bens e aumentos de US$ 536 milhões e de US$ 3,1 bilhões nos déficits em serviços e em renda primária, respectivamente. O déficit em transações correntes nos doze meses até setembro de 2022 somou US$ 46,2 bilhões (2,56% do PIB), ante US$ 42,4 bilhões (2,38% do PIB) no mês anterior e US$ 23,4 bilhões (1,49% do PIB) em setembro de 2021.

A balança comercial de bens registrou superavit de US$2,4 bilhões em setembro de 2022, ante saldo positivo de US$2,6 bilhões em setembro de 2021. As exportações de bens totalizaram US$30,6 bilhões, enquanto as importações somaram US$28,3 bilhões, incrementos de 24,5% e de 28,2% na comparação com setembro de 2021, respectivamente. No âmbito do Repetro, foram registradas exportações de US$1,2 bilhão e importações de US$ US$1,5 bilhão em setembro de 2022, ante exportações de US$36 milhões e importações de US$1,0 bilhão em setembro de 2021.

O déficit na conta de serviços somou US$1,9 bilhão em setembro de 2022, aumento de 39,6% em relação a setembro de 2021. A conta de viagens internacionais registrou despesas líquidas de US$491 milhões no mês, ante US$237 milhões em setembro de 2021, aumento de 106,9%. As despesas líquidas de transportes somaram US$748 milhões em setembro de 2022, ante US$372 milhões em setembro de 2021, aumento de 101,1%. O déficit na conta de aluguel de equipamentos apresentou aumento 7,4% em termos interanuais, com despesas líquidas de US$661 milhões no mês, ante US$615 milhões em setembro de 2021.

Em setembro de 2022, o déficit na conta de renda primária totalizou US$6,5 bilhões, 92,7% superior aos US$3,4 bilhões ocorridos em setembro de 2021. As despesas líquidas de lucros e dividendos aumentaram para US$5,3 bilhões, ante US$2,5 bilhões em setembro de 2021, com destaque para as despesas brutas de lucros de investimento em carteira, que aumentou de US$724 milhões em setembro de 2021 para US$3,0 bilhões em setembro de 2022. As despesas líquidas com juros somaram US$1,2 bilhão em setembro de 2022, ante US$899 milhões em setembro de 2021.

Os ingressos líquidos em investimentos diretos no país (IDP) somaram US$9,2 bilhões em setembro de 2022, ante US$4,6 bilhões em setembro de 2021. Houve ingressos líquidos de US$3,4 bilhões em participação no capital e de US$5,7 bilhões em operações intercompanhia. Nos doze meses encerrados em setembro de 2022, o IDP totalizou US$73,8 bilhões (4,10% do PIB), ante US$69,2 bilhões (3,88% do PIB) no mês anterior e US$49,9 bilhões (3,17% do PIB) em setembro de 2021.

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Os investimentos em carteira no mercado doméstico totalizaram saídas líquidas de US$2,6 bilhões em setembro de 2022, compostos por saídas de US$3,9 bilhões em ações e fundos de investimento e entradas de US$1,2 bilhão em títulos de dívida. Nos doze meses encerrados em setembro de 2022, os investimentos em carteira no mercado doméstico somaram saídas líquidas de US$2,5 bilhões.

Reservas

As reservas internacionais somaram US$327,6 bilhões em setembro de 2022, redução de US$12,1 bilhões em comparação ao mês anterior, informou hoje (24) o Banco Central (BC). O resultado decorreu, principalmente, das variações por preços e paridades, que contribuíram para reduzir o estoque em US$6,5 bilhões e US$2,5 bilhões, respectivamente.

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