Tradição e inovação são palavras que muitas vezes andam separadas em grande parte das organizações familiares. No entanto, frente as atuais mudanças, possibilidades proporcionadas pela tecnologia e novas dinâmicas do mercado, é primordial que as empresas estejam alinhadas às novas demandas de mercado.  As organizações, independentemente do setor que estejam inseridas, precisam estar preparadas para esse novo cenário de rápidas transformações.

O desenvolvimento da tecnologia, e a forma como ela impacta as pessoas de maneira geral, tornaram-se um desafio para inúmeras organizações com práticas vinculadas a modelos mais tradicionais de gestão. Muitas organizações de natureza familiar são resistentes a implantar inovações, ou mesmo assumir uma postura de vanguarda na condução dos seus negócios.

Esta falta de abertura as novas tecnologias, dificulta a flexibilidade e agilidade destas empresas diante de novas exigências de clientes, fornecedores, consumidores e outras instituições relacionadas aos negócios de família.

Isto ocorre, sobretudo, devido a maneira pela qual, alguns fundadores encararam negativamente as mudanças, entendendo que determinadas transformações podem ocasionar riscos a identidade e a tradição do negócio.

Tradição é um valor importante para os fundadores de negócios familiares. Esta é a base do legado que empreendedores deixam para as futuras gerações, respaldando assim, o desenvolvimento e manutenção da identidade do negócio. Porém, a adoção de práticas de inovação afetará, necessariamente, os valores fundamentais do fundador, e por conseguinte, da própria empresa?

Valores sustem e são pilares da cultura organizacional. As práticas são adaptáveis a realidade local e global. Não se pode fugir da tecnologia, e da necessidade de ações de processos mais ágeis e dinâmicos. Portanto, entender a importância de encontrar o equilíbrio entre tradição e inovação nos negócios, é essencial para a manutenção das organizações familiares.

O planejamento estratégico deve ser revisado periodicamente, e será o direcionador das ações a serem realizadas pelos gestores e demais colaboradores da empresa, e portanto, precisam ser analisados de acordo com sua viabilidade.

A adoção de práticas de Governança Corporativas, permitem que a família discuta a empresa em foro próprio, sendo a guardiã dos valores do fundador, e a responsável pelos rumos a serem seguidos pela corporação.

As novas gerações precisam assumir os valores da empresa, e precisam ser formadas para tal. Isso requer uma dose de resiliência, pois precisarão servir a empresa, atendo as necessidades requeridas por ela. Mas, são o elo que move a organização para o futuro, trazendo novas abordagens, e um novo jeito de encarar o mercado.

Este, definitivamente, é a beleza da empresa familiar: ela evolui a cada geração, mas não perde a essência que a formou.

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