Os títulos públicos atrelados à inflação costumam ser indicados por especialistas para proteger o patrimônio dos investidores da alta dos preços. Há uma série de papéis que pagam a variação do IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) mais uma taxa prefixada – mas existe um jeito de investir em todos eles de uma vez só.

O Inter destaca três principais modalidades de títulos públicos que trazem bons retornos: Tesouro Selic, IPCA+ e prefixado. Cada um deles está atrelado a um indexador diferente o que os direciona a estratégias diferentes. 

A recomendação é que os investidores que estão visando mais o longo prazo, existem opções melhores que podem render mais do que o Tesouro Selic. “Dentre as modalidades, acreditamos que o IPCA+ é o mais interessante, no atual momento. Os prêmios pagos atualmente estão em torno de 6%, ou seja, um retorno adicional de 6 p.p.ao desempenho da inflação, medida pelo IPCA.”

Além disso, os analistas sugerem que seja observado a janela de entrada. “Acreditamos que ainda existe prêmio na curva, onde os juros de longo prazo podem manter a tendência descendente. O movimento se acelerou nos últimos dias, mas o patamar ainda se encontra acima da média histórica. Lembrando que o título também se valoriza quando os juros caem, o que pode contribuir também para um retorno ainda mais interessante. “

Sobre os  títulos prefixados, os analistas recomendam cautela. “Embora acreditemos que exista certo prêmio para os vencimentos mais curtos, em um prazo de no máximo 12 meses, seguimos sugerindo exposição mínima no portfólio, de até 5% conforme nosso último relatório de alocação.”

Perspectivas para os títulos públicos atrelados à inflação

Segundo os analistas do BTG Pactual, agosto foi marcado pela completa sinalização para o ciclo de corte de juros nos EUA, bem como um aumento de preocupação sobre o ciclo econômico, “fazendo com que o mercado intensificasse a precificação do ciclo de cortes de juros”.

Explicando, a curva futura segue precificando 25 bps como o ritmo base por parte do Fed ao longo dos cortes, mas sempre colocando um prêmio para eventuais cortes de 50 bps. “Com isso, há uma precificação de uma taxa terminal de 3,02% nesse ciclo em 2025, o que está abaixo do nosso cenário base (3,25%-3,50%, ou 3,38% de ponto médio). Dessa forma, entendemos que o mercado, após convergir para o nosso call de cortes em setembro, acabou por “passar do ponto” nesse sentido, não deixando mais um prêmio óbvio na curva”, afirmam os analistas.

No entanto, eles consideram o cenário base de 65% de chance de um soft-landing, 20% de um hard-landing e 15% para um reflation, “entendemos que o patamar de juros mais longos parece mais justo, sobretudo dado que mudamos nosso cenário para mais um corte em 2024 e implementamos um ciclo que encerra em 2025, o que abre espaço para um juro real longo mais baixo do que previamente esperado.”

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