Conforme o mais recente relatório do Tesouro Direto revelou que os títulos públicos atrelados à inflação dominaram as vendas em agosto, representando 50,6% das transações. A soma do Tesouro IPCA+ com as modalidades Educa+ e Renda+ superaram outras opções de investimento, como por exemplo o Tesouro Selic, que registrou 41,7% das vendas, e os títulos prefixados, com apenas 7,8%.
João Ferreira, sócio da One Investimentos, explica que a busca crescente por esses títulos reflete a expectativa de alta da inflação, destacada em relatórios do Boletim Focus. Conforme Ferreira, as taxas atuais, que oferecem juros reais próximos de 7% ao ano, geraram os títulos atrelados à inflação altamente atraentes. Além disso, ressalta que essas taxas estão entre as mais elevadas da história recente, perdendo apenas para o período de instabilidade política de 2015-2016.
Títulos IPCA+ é a escolha ideal?
Ao ser questionado sobre a escolha ideal do Tesouro Direto, Ferreira destaca que a decisão depende do perfil de risco de cada investidor. Dessa forma, recomendando cautela antes de seguir a tendência.
O profissional alertar que embora o Tesouro IPCA+ proteja contra a inflação e seja fácil de comprar e vender, existem detalhes não muito agradáveis. Entre elas, a ausência de isenção do Imposto de Renda, diferentemente de LCIs e LCAs. Bem como o risco de perdas com a marcação ao mercado, caso o investidor precise resgatar o título antes do vencimento existe a chance de vender o título no prejuízo.
Para quem planeja investir no Tesouro IPCA+, Ferreira sugere diversificar a carteira, evitando concentrar todo o capital nesse ativo. Além disso, reforça que os recursos aplicados devem ser de longo prazo, garantindo que não sejam necessários antes do vencimento.
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