O indicador de atividade econômica do Banco Central, IBC-Br, encolheu 0,99% m/m em janeiro. Em comparação com janeiro de 2021, o índice avançou míseros 0,01% a/a.

Este resultado ficou muito abaixo da nossa estimativa (+1,4% m/m) e da expectativa mediana do mercado (+0,77% m/m). Apesar do fraco desempenho de janeiro, a divulgação foi acompanhada de uma significativa revisão dos resultado

s dos últimos meses, como mostrado no gráfico abaixo. Após a revisão da série histórica o crescimento de 2021 passou de 4,50% para 4,59%.

Embora não exista uma abertura formal do IBC-Br, o que observamos em janeiro é que o desempenho do setor de serviços, ainda que seu volume tenha encolhido na margem, foi o que impediu uma queda ainda mais aguda do IBC-Br.

Botton line: o resultado do IBC-Br foi, novamente, pressionado para baixo pelo desempenho da indústria – que sofre com seus problemas de oferta. Em contraste com os meses anteriores, não houve a compensação do setor de serviços, que não mais colhe as low hanging fruits do fim das medidas de distanciamento social.
Acrescente a isto (1) a corrosão do poder de compra das famílias tolhendo o consumo privado e (2) incerteza e aperto monetário engavetando investimentos e temos o cenário básico (e triste) do que esperamos para atividade econõmica no ano de 2022.

Nossa projeção para o IBC-Br de fevereiro é – -1,04% a/a e -0,2% m/m.

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