Em agosto, a chanceler alemã, Angela Merkel, chegou a dizer ter “sérias dúvidas” sobre a efetivação do acordo entre os dois blocos, por causa da Amazônia. Sobre a pressão exercida pelo mercado externo diante das questões ambientais brasileiras, a ministra afirmou: “Um país gigante como o nosso é muito difícil você dizer que vai resolver isso em um curtíssimo prazo, são diversas variáveis”, pontuou, destacando, por exemplo, o uso de queimadas por produtores.
Tereza Cristina disse que, do seu ponto de vista, o ponto mais sensível não são as críticas dos Estados europeus, mas possíveis impactos nas vendas. “Minha preocupação é que essa propaganda negativa não atinja de maneira devastadora os consumidores”, completou.
A ministra criticou ainda políticas ambientais do continente. “A Europa hoje tem uma matriz energética que vem do carvão, do petróleo. Eu sei que eles estão trabalhando nisso, mas a nossa matriz energética é muito mais limpa”, disse, destacando que as cidades e não o campo são os principais problemas. Segundo ela, a agricultura mundial impacta apenas cerca de 20% no problema de emissão de gases de efeito estufa.