Nesta
terça-feira, 16, houve queda generalizada para as commodities na CBOT. Novamente
a expectativa de taxas de juros mais altas por mais tempo impulsionaram o dólar
frente seus pares no globo.

E
no Brasil não foi diferente. Já é sabido que um dólar mais forte acaba
pressionando as commodities pra baixo, como foi. Outra questão que ajudou a
puxar o complexo da soja foi a queda do petróleo e a alta dos estoques de óleo
de soja nos EUA.

Dito
isso, vamos às alterações percentuais do dia: óleo de soja, -1,23%; farelo de
soja, -0,95%; e o grão -1,14%. Trigo e milho fizeram um pregão mais tranquilo e
fecharam em leve queda. O trigo acumulou uma depreciação de 0,36%, e o milho de
0,12%.

Brasil

Na
B3 o milho contrato maio acompanhou a forte alta do dólar, mas ao longo da
tarde devolveu boa parte do movimento e confirmando a força da resistência
gráfica na região dos R$ 59,20. Caso o mercado consiga vencer esse ponto, pode
abrir espaço para uma alta até a região dos R$ 61, onde há outra resistência
importante.

O
sentimento negativo também pairou sobre as bolsas, e o dia foi de queda para
praticamente todas elas. Apenas a bolsa alemã e Dow Jones (americana)
conseguiram se manter no positivo. DAX subiu 0,12%, e a Dow Jones 0,17%.

As
bolsas na Ásia caíram forte após a publicação do PIB da China, melhor que o
esperado, porém quando se abre o dado, notamos que há uma mudança significativa
na geração do PIB. Essa atual mais focada em artigos tecnológicos, como carros
elétricos, baterias e painéis solares.

A
China abandonou o seu antigo motor econômico que era o setor de construção,
migrando para o setor tecnológico. Com uma alta acima do esperado, também
subentende-se que não haverá novos estímulos econômicos. Além disso, o esperado
é que haja uma taxa maior de desemprego, uma vez que o setor de construção
empregava uma parcela grande dos jovens.

Ademais,
várias outras economias asiáticas eram dependentes da demanda chinesa, e com
essa mudança de cenário, vão precisar se reinventar. Em resumo, na Ásia e
Pacífico todas as bolsas caíram pelo menos 1,80%. Na Europa as quedas foram
acima de 1,40%. As duas principais bolsas dos EUA fecharam em leve queda:
SP 500, -0,22%, e NASDAQ, -0,12%. No Brasil o IBOVESPA encerrou em queda
pelo quinto pregão consecutivo, com uma desvalorização de 0,75%.

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