Palavra cada vez mais comum no vocabulário dos brasileiros, “marketplaces”, ou “locais de compra”, em uma tradução livre, são plataformas que juntam vendedores de qualquer lugar do mundo em um único lugar. Isso possibilita ao cliente ter, além de mais ofertas, a segurança na hora de comprar seus produtos pela internet, o conhecido e-commerce..
Mercado Livre, Shopee, Amazon, Magalu, Olist são apenas alguns exemplos de empresas que têm diariamente milhões de acessos e movimentam enormes quantidades de dinheiro em vendas. Por outro lado, pequenos empreendedores também podem oferecer seus produtos nesses marketplaces, o que ajuda a movimentar a economia do país em diferentes níveis.
A Magis5, uma das dez maiores integradoras do marketplace do Brasil, projeta as tendências desse mercado para 2023. O objetivo é observar quais as mais relevantes para o ano e como isso impactará a vida dos sellers (pessoas que vendem nesses locais), seus processos, suas operações e sua atuação nos marketplaces.
E-commerce, vendas online, comércio na internet – o que esperar?
“Para 2023, as expectativas de todos os empreendedores é que o mercado de e-commerce continue a crescer. Perante o último ano, em que tivemos muitas incertezas e, novamente, alterações no comportamento do consumidor, causando desaceleração do faturamento anual do mercado, é preciso que o lojista esteja atento às principais tendências para este e os próximos anos”, explica Vitor Mateus Lima, CTO da Magis5.
1 – Melhoria na logística e tempo de entrega
Talvez a maior mudança nos últimos anos tenha sido a “crença” maior nas compras on-line, com maior confiabilidade e sucesso. Especialmente devido à pandemia, os consumidores não podiam sair de casa para comprar seus produtos, o que gerou a necessidade de entregas mais rápidas.
Com a volta total das lojas, essa necessidade fica ainda mais evidente, já que o consumidor pode ir às lojas físicas adquirir o item e já tê-lo em mãos. Afinal, comprar sempre gera uma ansiedade natural, e o consumidor mais ansioso demanda processos logísticos mais ágeis.
Assim, para que lojistas não percam vendas, é necessário melhorar seus processos e desempenhar os fenômenos chamados “same day” e “same hour”, buscando entregar no mesmo dia ou, até, na mesma hora, após a conclusão da compra. Isso também impacta os marketplaces, que valorizam vendedores parceiros que entregam no prazo e quanto antes para o consumidor final.
2 – Variabilidade no número de canais
“Omnicanalidade”, ou variabilidade de canais como aplicativos, sites, televendas, WhatsApp, está mais e mais presente no dia a dia do consumidor, com formas diferentes de efetuar compras, por exemplo: ele pode comprar pelo site e retirar na loja, assim como pode ver o produto antes no ambiente físico e finalizar a compra no ambiente digital.
Para que a venda seja concluída, é preciso ter todos os canais alinhados e integrados para não haver erros de comunicação.
3 – Estratégias de divulgação
Estudos comprovam como os visitantes estão cada vez mais propensos a pesquisar produtos diretamente nos mecanismos de busca do marketplace, portanto aqueles que não investem em anúncios pagos, como Mercado Ads e Shopee Ads, acabam perdendo visibilidade e conversões.
Por isso, estratégias ads mais presentes são o básico para os sellers: utilizar mídia paga já se torna algo essencial para vendedores que desejam alcançar mais público, porém o ponto alto é utilizar as plataformas de publicidade paga dos próprios marketplaces em que o vendedor está inserido.
Outra forma são os produtos “tiktokables” e a viralização de conteúdo. O TikTok e os conteúdos em vídeos mais curtos são, atualmente, um dos pontos de maior destaque na internet. Os empreendedores precisam utilizar esse potencial para divulgar seus produtos de maneira criativa para ter a possibilidade de viralizar e atingir uma maior parcela de público.
4 – Melhor idade com acessibilidade digital
Já foi o tempo em que as compras on-line eram dominadas pelo público mais jovem. Com a pandemia, pessoas +50 sentiram-se mais confiantes para realizar seus pedidos, e os lojistas precisam entender o comportamento desta categoria e adaptar suas comunicações para não perder esta importante parcela de potenciais clientes.
“Ter conhecimento sobre tendências e estudos transforma sellers em estrategistas para estar à frente do seu concorrente. O que se torna necessário, já que o e-commerce vem fazendo crescer o número de empreendedores, que, igualmente, desejam crescer”, explica Lima.
Texto: Engenharia de Comunicação/Edição: Cátia Chagas