Confira o resumo do desempenho das principais empresas na temporada de resultados 2T21 divulgados nesta semana entre os dias 26 e 30 julho.

Os resultados trimestrais representam uma importante etapa do ano. Em poucas semanas, as empresas estarão apresentando seus números, servindo de referência para os investidores balizarem seus investimentos.

Entre elas, grande parte das apresentações, serão de ativos que compõem o principal índice acionário do país, o Ibovespa. E isso, pode provocar um aumento considerável na volatilidade do índice.

Desempenho Temporada de Resultados 2T21

CSN (CSNA3)

A CSN divulgou resultado acima do esperado, com Ebitda de R$ 8,17 bilhões, 7% acima do esperado, devido a margens maiores do segmento de siderurgia – margem Ebitda de 33%, segundo o Research do BTG Pactual digital.

O fluxo de caixa foi sólido (FCF yield de 30% anualizado) reduzindo alavancagem para 0.6x dívida líquida/EBITDA. O ativo negocia a um multiplo de 3x EV/EBITDA, bastante atrativo na opinião dos analistas. A recomendação de compra foi mantida pela BTG.

CSN Mineração (CMIN3)

A CSN Mineração, segundo o Research do BTG Pactual digital, teve um grande trimestre, impulsionado pelos preços do minério de ferro em US$ 200/ton. O EBITDA da CSN Mineração foi de R$ 4,96 bilhões (+ 2% vs. BTG), alta de 42% t/t (estimativa +250% a/a). O EBITDA levemente acima dos números foi em grande parte explicado por preços realizados mais altos do que o modelado. Os números de produção, que também incluem compras de terceiros, foram ainda mais fortes, chegando a 10,6Mt, alta de 42% a/a.

O BTG Pactual tem recomendação de compra. CSN Mineração negocia a 4x Ev/EBITDA 22. implicando desconto interessante ante mineradoras australianas.

Assaí (ASAI3)

Assim como nos trimestres anteriores, o Assaí apresentou sólidos números operacionais trimestrais, em linha com as estimativas do Research do BTG Pactual digital.

Apesar da forte base de comparação do 2T20 e das restrições de mobilidade da Covid-19 no trimestre, as vendas líquidas atingiram R$ 10 bilhões (alta de 22% a/a e 3% acima de nossa projeção), com 19 inaugurações de lojas nos últimos 12 meses (13,2% das vendas de expansão de área) e o SSS aumentou 9,2% (vs. nossa estimativa de 9,5%), enquanto a inflação de alimentos ficou em 15% nos últimos 12 meses.

Segundo os analistas do BTG Pactual digital, as perspectivas de curto prazo para o Assaí devem seguir fortes apesar da desaceleração da inflação de alimentos no país.

“Vemos o Assaí sendo negociado com um valuation atrativa de 13x P/L 2022 e um índice PEG de 0,8x, com as ações também definidas para se beneficiar do processo de desalavancagem da empresa nos próximos anos”, comentam os analistas.

Carrefour (CRFB3)

Após forte apresentação em 2020, houve um impacto negativo das vendas de itens não alimentares no 2T21 do resultado do Carrefour Brasil, conforme o Research do BTG Pactual digital.

Os analistas do banco destacam que o crescimento do SSS (efeitos ex-calendário) do segmento de alimentos do Carrefour Brasil foi de 3,4%, levando a um crescimento de vendas de 11% a/a (3,4% abaixo de nossa projeção).

“Os números mais fracos do que o esperado em suas operações de varejo + atacarejo foram mais do que compensados por um forte desempenho na divisão de financiamento ao consumidor do Carrefour. Números resilientes apesar de uma base comparativa mais forte, juntamente com um valuation atraente (14x P/L 2022E) e o potencial da fusão com o Grupo BIG (que deve expandir o alcance do CRFB e fechar gaps de produtividade/margem) são a base de nossa visão positiva sobre o nome”, comentam os analistas.

Movida (MOVI3)

Movida reportou resultados fortes e acima do consenso no 2T21, com lucro líquido de R$174 milhões (+59% T/T), significativamente acima da expectativas da XP e do mercado. Os principais pontos positivos foram: (i) forte desempenho do aluguel de frotas (receita líquida e margem EBITDA +19% e +5p.p. T/T, respectivamente); e (ii) dinâmica positiva das vendas de carros usados, refletindo a elevação dos preços dos carros usados (preço médio dos carros vendidos + 33% A/A); +5% T/T).

Do lado negativo, a área de Research da XP nota: (i) queda da margem EBITDA do RAC (-5p.p. T/T), impactada pelas restrições relacionadas à pandemia, bem como pelo ambiente restritivo de fornecimento de automóveis.

“Respaldados por uma sólida perspectiva de crescimento estrutural do setor, reiteramos nossa recomendação de Compra e preço alvo de R$23,00/ação” afirmam os analistas.

Log CP (LOGG3)

A LOG apresentou resultados positivos e em linha com as estimativas da XP Investimentos. Sua performance deve-se principalmente à forte demanda pelos seus ativos logísticos. A companhia apresentou forte absorção bruta de 203 mil m² (vs. 213 mil m² no trimestre passado), implicando em uma baixa vacância de 2,0% no trimestre. No financeiro, o FFO ajustado foi de R$28 milhões, em linha com as estimativas da XP. No balanço patrimonial, a companhia registrou uma geração de caixa de R$54 milhões, levando a um baixo índice de dívida líquida/Ebitda de 0,3x.

“Embora, vemos o resultado como positivos, mantemos nossa recomendação neutra e preço-alvo de R$40,4/ação em razão do valuation da companhia” afirmam os analistas da XP.

Unidas (LCAM3

A Unidas (LCAM3) divulgou, após o fechamento do mercado, o seu resultado do 2T21. Seus números vieram bastante sólidos, afirmam os analistas da Levante Investimentos. As expectativas vieram acima em termos de Ebitda e receita líquida, com destaque para o segmento de Terceirização de Frotas. A receita líquida consolidada atingiu 1,58 bilhões de reais no 2T21, um aumento de 74,7 por cento na comparação anual (2T21 vs 2T20) com recorde histórico na receita líquida dos segmentos de locação com 738,8 milhões de reais.

Isa Cteep (TRPL4)

A Isa Cteep (TRPL4) divulgou, após o fechamento do mercado, o seu resultado do 2T21. Os analistas da Levante Investimentos afirmam que os números foram ligeiramente negativos, com suas linhas de receita líquida e lucro líquido desapontando diante das expectativas de mercado. A companhia apresentou um recuo de sua receita líquida regulatória de 47,1 por cento quando comparada ao mesmo período em 2020.

Ambev (ABEV3)

Conforme números apurados pela Necton, a Ambev registrou lucro líquido de R$ 2,929 bilhões no segundo trimestre de 2021, alta de 130,4% ante o mesmo período de 2020. Já o lucro normalizado foi de R$ 2,962 bilhões, um avanço de 115,9% ante igual etapa do ano passado. O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado alcançou R$ 5,289 bilhões, um avanço de 58% ante igual etapa de 2020 (ante o reportado) e de 24% (orgânico). A receita líquida, por sua vez, totalizou R$ 15,711 bilhões, o que representa um crescimento de 35,3% (reportado) e de 36,2% (orgânico).

Segundo a empresa, a receita foi impulsionada pelo desempenho do volume e pelo crescimento da receita líquida por hectolitro (ROL/hl) de 14,5%. A receita líquida cresceu 28,5% no Brasil.

Vale (VALE3)

A mineradora Vale (VALE3) registrou lucro líquido de US$ 7,586 bilhões no segundo trimestre de 2021, uma alta de 662% ante o lucro de US$ 995 milhões apresentado um ano antes. Em relação ao primeiro trimestre deste ano a alta foi de 36,78%. Conforme acompanhamento da Necton, o resultado ficou próximo da estimativa dos analistas consultados pela Refinitiv, que esperavam um lucro de US$ 7,67 bilhões.

O lucro subiu, segundo a empresa, devido ao maior Ebitda proforma e maiores resultados financeiros. “Encargos do impairment de ativos do Negócio de Carvão e resultados de participações menores, devido a provisão adicional relacionada à Fundação Renova, compensaram parcialmente os efeitos positivos”, destaca a Vale em seu release.


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