Temores inflacionários crescem após dados do Índice Geral de Preços (IGP-M), mostrando que acelerou fortemente em maio, a 4,10%, de 1,51% em abril, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV) nesta sexta-feira (28). No ano, o indicador alcançou 14,39% e avançou a 37,04% em 12 meses, de 32,02% até abril. Essa taxa é a maior desde o Plano Real, superando o acumulado de 32,97% de abril de 2003.
Veja a opinião do analistas da corretora Necton sobre os dados divulgados:
Temores inflacionários
IGP-M REITERA TEMORES INFLACIONÁRIOS. – NECTON | ANDRÉ PERFEITO
O IGP-M veio acima das expectativas e fecha maio com nada menos que 4,10% sendo que no mês anterior havia sido 1,51%. Em 12 meses acumula 37,04%.
A inflação tem características típicas de um choque de oferta e o IPA deixa isso claro. A alta do grupo este mês foi de 5,23% e acumula em 12 meses estonteantes 50,21%.
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Os Bancos Centrais de todo mundo enfrentam problemas similares nesta pandemia com a inflação e a maioria deles continua argumentando que estes são choques transitórios logo não faria sentido subir fortemente a taxa de juros agora.
Entendemos que essa argumentação faz sentido, mas num país amplamente indexado como o nosso num índice como IGP-M isso traz preocupações adicionais. A única forma de tentar minimizar os efeitos deletérios da inflação no curto prazo seria controlar a moeda norte-americana através de uma alta mais forte da taxa SELIC, mas sabemos bem que o BCB não tem meta para o câmbio.
Com as expectativas de crescimento mais forte para esse ano, somado com as altas recentes nos índices inflacionários devemos rever em breve a SELIC esperada para o final do ano para cima.
Por ora mantemos alta de 75 pontos na próxima reunião e de SELIC fechando o ano em 5,5%.
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