Mais uma vez a Taurus apresenta um resultado robusto, que supera os recordes operacionais e de desempenho econômico-financeiro anteriores, situação que vem se repetindo a cada trimestre. A empresa vive um fenômeno diferente do que se vê na maior parte do país, uma vez que segue com forte crescimento, consolidando patamar de desempenho superior em meio à situação de pandemia de Covid-19 no mundo há mais de um ano.
As medidas necessárias para lidar com a inesperada situação de pandemia também foram tomadas de forma rápida e efetiva e, com planejamento, a Taurus se adaptou a esse novo momento. Assim, a companhia se apresentou plenamente preparada para atender ao forte aumento de demanda.
A empresa tem também a segurança de que o atual padrão de resultados é sólido. Em junho, mesmo com o dólar mais baixo, a R$ 5,03 em média, a Taurus teve excelente resultado, comprovando que o desempenho não está atrelado apenas a ganhos cambiais das vendas externas. A crescente percepção de valor conquistada pela marca Taurus junto aos consumidores permitiu a empresa adotar aumento de preços em sua linha de produtos a partir de julho de, em média, 10% em dólares no mercado norte-americano e, no mercado brasileiro, repassar o IGP-M acumulado de dezembro/20 a julho/21 a partir de agosto, com aumento médio de 17%.
Mostrou também não depender do dólar alto ou de condições políticas mais favoráveis à questão do armamento no Brasil para manter seus resultados. As vendas no mercado interno responderam por 21% da receita do 1º semestre de 2021, isso porque, como empresa brasileira, priorizou o mercado nacional em detrimento do maior atendimento do “back order” nos EUA. No entanto, considerando sua atual carteira de pedidos, as vendas locais continuam a representar entre 8% e 12% do total. Os indicadores asseguram resultados robustos para os próximos trimestres, independente de fatores externos.
A produção total atingiu 9,5 mil armas por dia no 2º trimestre de 2021, totalizando 588 mil unidades no trimestre e mais de 1 milhão no acumulado até final de junho, com a fábrica do Brasil ganhando produtividade e a fábrica nos EUA superando as expectativas em seu processo de “ramp up”. Essencial para esse aumento da produção têm sido os investimentos destinados a equipamentos e novas tecnologias.
No 1º semestre de 2021, apenas na modernização fabril, foram investidos mais de R$ 18 milhões. Esses recursos foram integralmente provenientes da geração de caixa e destinados principalmente à aquisição e instalação de equipamentos de última geração. A empresa investiu em equipamentos de ponta, no que há de melhor, para melhorar ainda mais a eficiência e a produtividade industrial, com redução de custos. Exemplos de investimentos realizados no 1º semestre de 2021 são: o novo forno M.I.M (Metal Injection Molding) que aumentou a capacidade atual de produção de peças de metal injetado em 40%; a instalação de forno a vácuo que amplia em 30% a capacidade do tratamento térmico nos canos das armas; dos centros de usinagem horizontais para o aumento da capacidade de produção de revólveres; e de novas células de usinagem de canos na fábrica dos EUA, que dobrará a capacidade atual da unidade nesse processo.
Para o 2º semestre de 2021, está prevista a chegada de novos equipamentos e tecnologias que aumentarão ainda mais a capacidade e produtividade das linhas de manufatura no Brasil, entre elas: a célula de pintura robotizada Cerakote® para o tratamento superficial de peças, incluindo as personalizações (special make up); uma nova célula de usinagem de canos de armas táticas para ampliação da capacidade, a fim de atender à crescente demanda do fuzil; e diversos centros de usinagem para a ampliação da capacidade de várias linhas de produção, como ferrolhos, canos e outros componentes. Para suportar a ampliação das capacidades produtivas, está prevista a conclusão da obra de ampliação do prédio da usinagem, com adicionais 3.500 m² de área construída.
Vendas de armas
As vendas da Taurus se mantêm em alta. Foram 1,1 milhão de armas vendidas no 1º semestre de 2021, volume 39% superior ao mesmo período de 2020 – e ainda conta com “back order” de 2,1 milhões de unidades. Ou seja, as vendas estão fortes e a tendência se mantém. Dessa carteira de pedidos, cerca de 190 mil são apenas da pistola GX4, lançada simultaneamente no Brasil e nos EUA em 19 de maio deste ano, e que marcou a entrada da Taurus no segmento de pistolas microcompactas, mercado importante e de maior valor agregado. A GX4 é uma pistola única em termos de engenharia de projeto, desenvolvido pelo Centro Integrado de Tecnologia Brasil/EUA (CITE), que traz inovação e qualidade com preço bastante competitivo.
Inovação tem sido a palavra chave para a Taurus. A GX4 é um exemplo disso, assim como as pesquisas para utilização do grafeno na produção de componentes, M.I.M. e acabamentos superficiais de armas. Composto de átomos de carbono, o grafeno é o cristal mais fino conhecido e suas propriedades incluem a alta resistência – 200 vezes maior do que a do aço -, rigidez e impermeabilidade, de forma que sua utilização em componentes contribui para o aumento da resistência mecânica, de impacto e de corrosão, melhorando ainda a dissipação do calor e reduzindo o desgaste.
Os números do resultado do período traduzem o momento que a Taurus está vivendo, mostrando crescimento expressivo sobre uma base de resultados de 2020 que já era forte. A receita líquida do 1º semestre de 2021 foi 59% superior à do mesmo período do ano passado, e a margem bruta atingiu 46%. A companhia gerou, nesses seis meses, o Ebitda de R$ 400 milhões, multiplicando o Ebitda do 1º semestre de 2020 em 2,6 vezes. O resultado financeiro, que por vários trimestres pressionou o resultado líquido da companhia, teve saldo líquido de receita no 2º trimestre de 2021. A Taurus chegou, assim, ao lucro líquido de R$ 194 milhões no 2º trimestre de 2021, superando o resultado do 2º trimestre de 2020 em 395%, e acumulando lucro de R$ 262 milhões no 1º semestre do ano.
A empresa está em dia com suas obrigações financeiras, reduzindo o saldo da dívida e, ao mesmo tempo, encerrou o trimestre com posição de caixa e equivalentes de R$ 164 milhões, 79% superior à posição no final do exercício de 2020, o que contribuiu para reduzir a dívida líquida em 33% no período, para R$ 521 milhões em 30 de junho de 2021. A Taurus tem hoje a característica de ser uma empresa fortemente geradora de caixa, o que permitiu transformar o perfil financeiro da companhia.
Considerando o Ebitda dos últimos 12 meses, o indicador dívida líquida/Ebitda ao final do 2º trimestre de 2021 era de 0,7 vezes, ou seja, em menos de um ano a Taurus gerou Ebitda capaz de quitar integralmente sua dívida. É uma situação quase impossível de se imaginar para uma empresa que, no encerramento de 2018, apresentava o grau de alavancagem financeira de 11,2 vezes. Hoje a dívida não representa mais um risco para a companhia.
A empresa conta, ainda, com “créditos potenciais” que serão destinados ao abatimento da dívida, representados pelo terreno da antiga fábrica em Porto Alegre e a fábrica de capacetes que estão à venda e o saldo dos bônus de subscrição a vencer. Simulando a posição da dívida líquida em 30/06/2021 reduzida desses valores, que somavam R$ 247,9 milhões na data, a dívida seria de R$ 273,4 milhões, o que levaria ao grau de alavancagem de dívida líquida/Ebitda de 0,4.
Mas a empresa não se acomodou com todas essas conquistas. Pelo contrário, isso só reforçou a dedicação e entusiasmo em dar prosseguimento a novos projetos de modo a continuar crescendo. O condomínio de empresas, que está sendo construído em parte do terreno da fábrica de São Leopoldo, está com o cronograma da obra adiantado e deverá ser entregue em setembro de 2021, quando começa a transferência de seis parceiros estratégicos da Taurus para dentro do parque industrial. Seu pleno funcionamento está previsto para o início de 2022.
Outro importante projeto é a joint venture na Índia, que dará à Taurus posição privilegiada nesse importante mercado de armas e na região da Ásia. O avanço da vacinação contra a Covid-19 permitiu a empresa retomar o projeto, que segue agora em ritmo acelerado.
“Nossos planos envolvem crescimento, tecnologia, inovação, aumento de produção e de eficiência. Estamos agindo e adotando novas iniciativas com base nesses conceitos. Essa é a base sobre a qual consolidamos os desempenhos alcançados e que nos levará a atingir o objetivo de tornar a Taurus a maior fabricante de armas leves do mundo. Agradecemos o apoio recebido de nossos conselheiros, que dão o suporte e o direcionamento para manter a Taurus nesse caminho de conquistas, a confiança de nossos acionistas, a parceria de nossos fornecedores e clientes, e a dedicação de todos os nossos funcionários”, afirma o CEO Global da Taurus, Salesio Nuhs.