Recentemente, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, impôs uma nova tarifa de 25% sobre a importação de aço e alumínio, afetando diretamente o mercado global e, consequentemente, algumas empresas brasileiras. Essa medida gera um misto de incertezas e oportunidades para os investidores no Brasil, uma vez que as repercussões das tarifas variam dependendo do segmento das empresas envolvidas.
Impacto das tarifas sobre as empresas brasileiras
De acordo com um relatório da Genial Investimentos, o Brasil ocupa a posição de segundo maior exportador de aço aos Estados Unidos, respondendo por aproximadamente 16% das importações desse material. Mais de 60% do total exportado pelo Brasil tem como destino o mercado norte-americano. A fórmula de exportação revela que 80% desse volume é comercializado por empresas não listadas na Bolsa de Valores, como a Ternium Brasil e ArcelorMittal, cujos produtos são majoritariamente de baixo valor agregado, resultando em uma pressão significativa de custos.
Os analistas da Genial, Igor Guedes e colegas, afirmam que a Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) é a mais vulnerável às tarifas americanas. A CSN recebe cerca de 30% de suas vendas provenientes do mercado externo, tornando-se suscetível a impactos negativos. Em contraste, a Usiminas (USIM5) tem uma exposição direta muito baixa ao mercado dos EUA, representando apenas 3% da receita total.
Quais companhias devem se beneficiar?
Por outro lado, há também empresas que podem sair ganhando com esse novo cenário. A Gerdau (GGBR4) se destaca como uma das companhias que poderão se beneficiar. A empresa realiza um terço de suas vendas nos EUA e, como as tarifas afetam principalmente os concorrentes internacionais, isso a coloca em uma posição vantajosa. Os analistas acreditam que a Gerdau pode ver um aumento de 12% em sua geração de caixa no curto prazo, o que reforça suas margens operacionais.
Ações recomendadas diante do cenário
Diante deste contexto, a Vale (VALE3) também se destaca como uma opção a ser considerada pelos investidores. A empresa possui uma sólida saúde financeira e, apesar das incertezas, continua a ser uma opção atrativa, com expectativa de retorno de 10% em dividendos. Os analistas da Genial Investimentos estimam um preço-alvo de R$ 65,60, o que representa um potencial de alta de 18,93% em relação ao seu fechamento anterior.
Enquanto empresas como a CSN enfrentam um cenário complicado, a Gerdau e a Vale oferecem oportunidades interessantes de investimento. Essas companhias podem não apenas resistir a esse novo cenário tarifário, mas também crescer e prosperar em meio a ele.
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